O latrocínio que virou ‘laticínio’ numa reportagem do jornal Diário da Manhã
29 novembro 2014 às 09h21
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O corretor de imóveis Cláudio Martins da Silva foi assassinado, na semana passada, por Jefferson Alves Neves, Luiz Henrique Pires de Oliveira e Angela Cristina de Oliveira. Não se sabe, com precisão, qual a participação de cada um no crime. Cláudio Martins foi morto com 25 facadas. Jefferson Alves, Luiz Henrique e Angela Cristina têm passagem pela polícia por roubo e furto, segundo o “Pop”, ou, segundo “O Hoje”, “por roubo, receptação e tráfico de drogas”.
Cláudio Martins, Jefferson Alves, Luiz Henrique e Angela Cristina saíram para usar crack. Para roubar o automóvel, os três criminosos decidiram matar Cláudio Martins.
A nota cômica, em meio a uma notícia trágica, ficou por conta do repórter Saulo Humberto, do “Diário da Manhã” (quinta-feira, 27), que escreveu: “Os três [criminosos] foram enquadrados por laticínio (roubo seguido de morte)”. Você leu bem, “não” é latrocínio, e sim, segundo o “DM”, laticínio.
Os jornais apresentam pequenas contradições. O “Pop” anota que o nome do morto é Cláudio Martins da Silva, que teria 31 anos. “O Hoje” e o “Diário da Manhã” dizem que é Cláudio Martins Silva, sem o “da”, e asseguram que tinha 33 anos.
O “Pop” relata que os criminosos estavam num automóvel C4 preto, mas não esclarece que era da vítima. “O Hoje” revela que o Citröen C-4 era de Cláudio Martins.