O jornalista que estruturou o Sindicato, fortaleceu a categoria e empreendeu na área editorial
14 fevereiro 2019 às 17h58
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Lutou pela profissionalização e pela criação do primeiro curso de Jornalismo em Goiás, e conseguiu o primeiro financiamento do BNH pra construção de apartamentos para profissionais que não tinham moradia
Jales Naves
Um dos mais brilhantes e dinâmicos líderes dos jornalistas goianos de sua geração, com atuação firme e solidária num momento delicado da vida nacional, quando a repressão era grande e as entidades sindicais muito visadas pelo regime militar implantado no País, José Osório Naves foi uma presença que marcou a afirmação e a consolidação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás. Ele assumiu a presidência da instituição quando a categoria ainda não estava organizada, os salários não obedeciam tabelas nem planos adequados, e a própria corporação era recente. Realizou um intenso e articulado movimento de mobilização e sindicalização, e passou a desenvolver atividades em benefício dos profissionais. Dentre essas, a luta por melhores condições de trabalho e de salários, a negociação de reajustes salariais e a discussão das grandes questões, da categoria e da sociedade, ao incentivar a participação dos profissionais goianos em eventos nacionais.
Lutou pela profissionalização e pela criação do primeiro Curso de Jornalismo em Goiás, e conseguiu um feito inédito no Brasil: o primeiro e único financiamento do Banco Nacional da Habitação para a construção de condomínio de apartamentos exclusivo para os profissionais goianos que não tinham moradia e nem poupança para adquiri-la. A administração correta e séria desses recursos, que foi a construção da Casa do Jornalista no Setor Coimbra, resultou em sobras que permitiram a aquisição do conjunto de pequenas salas no 7º andar do edifício do Cine Capri, no centro de Goiânia, que doou para sede própria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás, que presidia.
“Com uma atuação revolucionária, ele foi pioneiro, deu cara ao Sindicato e inovou em suas ações. Foi o primeiro e único a construir um prédio de apartamentos exclusivamente para os jornalistas que não tinham residência própria, iniciativa que, pela economia na aplicação dos recursos, deu a primeira sede própria ao Sindicato, onde funciona até a atualidade. Foi uma obra muito grande para aquele momento”, afirmou o jornalista Valterli Leite Guedes, presidente da Associação Goiana de Imprensa (AGI). Explicou que ele implantou, na época, o que hoje é conhecido como sindicalismo de resultados, ao organizar a categoria e propiciar a seus integrantes melhores condições de vida, em especial na sua atividade profissional.
Outra grande iniciativa que realizou, com grande sucesso e num momento de muita tensão política no País, com a cassação de mandatos de parlamentares e prisão de opositores do sistema implantado pelos militares, foi a VIII Conferência Nacional dos Jornalistas Profissionais, em Goiânia, em junho de 1971, numa promoção conjunta da Federação Nacional dos Jornalistas Profissionais (Fenaj) e do Sindicato de Goiás. Mais de 300 jornalistas do Brasil participaram do evento, que promoveu fóruns de debates com ministros de Estado e autoridades regionais sobre os mais diversos temas do interesse nacional. Dentre os conferencistas convidados, o ministro do Planejamento, João Paulo dos Reis Velloso, e o coronel Octávio Costa, chefe da Assessoria Especial da Presidência da República.
Essas e outras anotações estão no livro “O que vi e vivi no fluir de uma vida — autobiografia em crônicas”, que ele lança em Brasília no próximo domingo, dia 10, quando comemora 80 anos, que completa neste 5 de fevereiro, e 60 anos de jornalismo. “É um ensaio literário, apresentado de forma diferente, em leves e bem-humoradas crônicas”, explicou. “Para melhor leitura e escolha temática, separo esta edição em 22 capítulos, com focos diferentes, desde a primeira infância, adolescência, juventude, responsabilidade da vida adulta, formação de meu tronco familiar, experiências na vida profissional e até a verdadeira maturidade”, completou. Humilde, destaca que “a trajetória de minha vivência nesse encantado universo terreno não diverge muito das histórias mais comuns e banais. É repleta de altos e baixos, com lances tragicômicos, mais cômicos que trágicos, que enriquecem as narrativas com insinuadas pitadas de humor”.
Repórter atento e curioso
Foi um repórter atento e curioso, observador e crítico, num momento em que a profissão ainda não era regulamentada e poucos os que ocupavam um cargo com remuneração digna. Um líder sindical com atuação firme, que enfrentou muitas dificuldades, quando as empresas estavam se firmando no mercado e, de outro lado, a repressão militar; foi solidário com os colegas perseguidos, apoiou os presos políticos e lutou pelas liberdades; promoveu a sindicalização dos jornalistas e fortaleceu a categoria. Empresário ousado e criativo, lançou uma revista, “Leia Agora”, em setembro de 1972, que teve grande repercussão e representou um marco na imprensa goiana, o que o motivou a levá-la pelo Brasil. Mesmo com a grande receptividade em todos os meios, por não contar com apoio publicitário em seu Estado, a revista deixou de circular em 1975, e foi um dos motivos que o fez se mudar de Goiás com a família para Brasília e ali se fixar profissionalmente.
Encetou diversas campanhas e saiu vitorioso em todas, como a de sindicalização dos jornalistas goianos, por ter sido o Presidente do Sindicato que deu vida à entidade; a criação do Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Goiás (UFG), em 1968; e de diversas campanhas eleitorais, como a dos candidatos Otávio Lage, pela UDN, ao Governo do Estado, em 1965; do empresário Benedito (Boa Sorte) Vicente Ferreira em 1966 para deputado federal, pela Arena; e de Benedito Boa Sorte e Osires Teixeira para o Senado Federal, em 1970.
Graduou-se em Direito pela UFG (1965-69), mas não se dedicou à profissão, apenas atuando na área quando foi contratado como advogado pela empresa Metais de Goiás (Metago).
Seu registro profissional, na Delegacia Regional do Trabalho em Goiás: nº 216, de 21.05.1962; carteira nº 48, datada de 25.04.1965; e, com a renumeração posterior, seu registro passou a GO00132JP, de 05.06.1998.
Começo na profissão
A profissão de Jornalista surgiu por acaso em sua vida. Aos 18 anos, conseguiu a sua primeira atividade na área, ainda sem remuneração, no “Jornal de Notícias”, do então deputado federal goiano Alfredo Nasser, que depois foi dirigido por Joviano Rincón. Nessa ocasião mantinha um programa estudantil na Rádio Anhanguera, intitulado ‘Voz do Estudante’, junto com Nilo Guillardi. O primeiro emprego na área, remunerado, aconteceu em 1958: leu o anúncio na primeira página do jornal “Diário do Oeste”, que não tinha equipe e queria contratar repórteres, para um salário mínimo por mês. Foram muitos os candidatos. José Osório se interessou, inscreveu-se e foi um dos escolhidos. Mostrou interesse, participação, queria aprender e se destacou na função, sabendo garimpar a informação e dando dimensão à notícia, quando galgou degraus da profissão: primeiro como revisor, depois como repórter e chegando a Chefe de Reportagem. Por seu estilo atirado, logo assumiu liderança.
Na época tudo era precário. O jornal não oferecia condução e cada um tinha que se virar, a pé, de bicicleta ou de ônibus para ir atrás das notícias, e prazos curtos para redigi-las. Moderno, o jornal era do empresário Waldemar Gomes de Melo, que trouxe a primeira rotativa para Goiás, e redator-chefe o jornalista Javier Godinho, que ali permaneceu por três anos, comandando a equipe de novatos. Dentre esses, que depois se sobressaíram na atividade, estavam Hélio Rocha, Reynaldo Rocha, Antônio Porto, Olavo Ribeiro, Wandell Seixas, Neiron Cruvinel etc.
Sindicato
Terceiro presidente do Sindicato dos Jornalistas de Goiás, eleito em 1965, assumiu “uma entidade que nascia, pobre, com um mínimo de associados”, ressaltou José Osório, e ficou nove anos consecutivos na sua direção, três mandatos, que deixou em 1974, quando se mudou para Brasília. Em seu discurso de despedida ressaltou que muito aprendeu com “as extraordinárias experiências e sofrimentos dos seus primeiros presidentes, companheiros Lourival Batista Pereira e Domiciano de Faria Pereira”. Na época, o Sindicato não possuía sede, mobiliário ou qualquer patrimônio, “a não ser um negro livro de atas onde os pioneiros de nossa luta classista registravam o esforço e a boa vontade de seus fundadores e dirigentes”, afirmou. Com uma arrecadação ínfima, um quadro social numericamente insignificante e sem oferecer perspectivas de uma ampliação imediata, teve que partir para algumas inventivas para motivar os jornalistas goianos a entender e fortalecer sua entidade de representação. “Isso consegui. Contando com a boa vontade e a colaboração aberta das autoridades constituídas, pude começar a sonhar em fazer algo concreto”, destacou.
Uma de suas mais importantes e gratificantes iniciativas à frente do Sindicato foi resolver uma questão que afligia os associados, então chamados de ‘intelectuais de gravata’, no que mais careciam, que era a moradia. Levantou quantos necessitavam, com maior urgência, de sua casa própria e, pelo resultado, fixou que deveriam ser construídos 27 apartamentos. Procurou o governador Otávio Lage que, imediatamente, doou um terreno na então Vila Coimbra. Em seguida, conseguiu financiar, pela Caixa Econômica do Estado de Goiás (Caixego), dentro do Plano Nacional da Habitação, 80% do valor orçado para a construção desse bloco de apartamentos, projetado para dispor de todo o conforto indispensável “para a instalação de famílias de classe média”. Foi uma época em que todas as construtoras paravam suas obras pela metade para pedir reajustes. Nesse quadro, com uma gestão rigorosa e acompanhamento sistemático das atividades, conseguiu que fossem construídos 28 apartamentos, sem que os beneficiários desembolsassem um só centavo com qualquer forma de despesas. “Construímos, com essa verba, uma unidade a mais, a qual posteriormente vendemos para a aquisição da sede própria do Sindicato dos Jornalistas, um conjunto de salas no mais moderno edifício de escritórios de Goiânia da época, e que passou a figurar entre as melhores entidades congêneres do País, com todo mobiliário, máquinas e instalações necessárias”, disse.
Na Assembleia Geral Ordinária (AGO) de 25 de janeiro de 1968 foi eleita a nova Diretoria do Sindicato, quando José Osório Naves obteve nas urnas o segundo mandato de três anos. Na época, o registro das chapas para concorrer à direção sindical passava pela Delegacia Regional do Trabalho, que tinha poder de veto de candidatos que julgava com ideias e opiniões contrárias ao regime militar. Valterli foi eleito nesse ano para a secretaria da entidade. “José Osório realizou um grande trabalho no Sindicato que até hoje ninguém fez igual. Deixou-o do tamanho que é atualmente”, afirmou.
A Assembleia Geral Extraordinária de 16 de junho de 1968, a segunda daquele ano, discutiu o acordo salarial firmado entre o Sindicato e as empresas proprietárias de jornais e revistas, com autorização do Ministério do Trabalho. A remuneração do redator, para o período de maio daquele ano a 30 de abril de 1969, foi fixada em NCR$ 280,80 e a do repórter em NCR$ 229,89. Outra decisão foi a definição dos critérios para aquisição de apartamento na Casa do Jornalista: em primeiro lugar seriam atendidos os jornalistas casados com maior número de filhos; em segundo, os jornalistas casados com menor número de filhos; em terceiro, os casados sem filhos; em quarto, os arrimos de família; em quinto, os solteiros; e, em sexto, caso sobrassem apartamentos, seriam atendidos os jornalistas não sindicalizados por exercerem função em empresas públicas. Exigência: o beneficiado não poderia ter imóvel em seu nome.
Em suas gestões no Sindicato foram assinados nove acordos salariais com as empresas, buscando melhorias salariais para a categoria. Participou, “com sacrifícios pessoais”, pois até aquele momento a entidade não arrecadava o suficiente para as despesas mínimas, de todos os congressos e conferências realizados na época. Dessa forma, fez com que a representação goiana crescesse e se conceituasse de maneira positiva na Federação Nacional da categoria, tendo participado de suas diretorias daquele período.
José Osório destacou três eventos de grande repercussão: a 1ª Reunião Plenária do XII Congresso Nacional dos Jornalistas em Salvador, BA, que presidiu; a VIII Conferência Nacional dos Jornalistas, que realizou em Goiânia, em 1971; e a IX Conferência Nacional da categoria, em Fortaleza, CE, em 1973, quando foi o orador oficial, em nome da região Centro-Sul, nas solenidades de encerramento.
Ressaltou também, como grande conquista daqueles tempos, o plano de assistência médica e hospitalar, “modelo exclusivo do sindicalismo goiano, com o atendimento e fornecimento de guias de INPS na sede do Sindicato, favorecendo enormemente os jornalistas sindicalizados”, como afirmou, ao passar o cargo ao seu sucessor, em maio de 1974, o jornalista Derli Lopes da Silva, evento prestigiado pelo então ministro do Trabalho, Arnaldo Prieto. No período, conseguiu e foram concedidas dezenas de bolsas de estudo de II Grau a profissionais e seus familiares.
O Conselho Fiscal do Sindicato, em reunião do dia 15 de agosto de 1971, aprovou a prestação de contas da VIII Conferência Nacional de Jornalistas Profissionais, realizada em Goiânia com grande repercussão. Na reunião desse Conselho de 28 de junho de 1972, como presidente do Sindicato, José Osório Naves explicou os procedimentos para regularização da Sala 707 no patrimônio da entidade, satisfazendo as dúvidas dos conselheiros, e foram aprovadas as contas do exercício de 1971.
Nas eleições de março de 1973, para renovação da diretoria da Associação Goiana de Imprensa (AGI), integrou, como membro titular do Conselho Deliberativo, a chapa vencedora, liderada pelo jornalista William da Silva Guimarães.
Na AGO de 8 de abril de 1974 foi renovada a Diretoria para o triênio 1974/77, com a eleição de Derli Lopes da Silva para a presidência. A posse, no dia 16 de maio, foi presidida pelo ministro do Trabalho e Previdência Social, Arnaldo Prieto.
Campanhas vitoriosas
Criativo e gostando de enfrentar desafios, José Osório ingressou, em 1965, numa atividade paralela que rendeu muito e o projetou, como profissional, pelas conquistas que representaram, que foram as campanhas eleitorais. Especializou-se nessa área e colheu frutos positivos em todo os trabalhos que estiveram sob a sua coordenação.
Começou pela área de comunicação da campanha do candidato a Governador do Estado pela UDN, Otávio Lage, naquele ano, que foi vitoriosa, um páreo duríssimo. Conforme ressaltou, Lage chegou para a política de Goiás como quem não quer nada. “Surgiu com seu chapéu atolado para derrotar os maiores figurões de seu partido numa convenção e, mesmo contra a vontade do governante da época, conseguiu – peregrinando quase sozinho por todo o Estado – quebrar os tabus políticos, inclusive a invencibilidade considerada impossível do velho comandante oposicionista Pedro Ludovico”. Em fevereiro de 1966 José Osório foi convidado pelo novo Chefe do Executivo goiano para uma diretoria do Consórcio de Empresas de Radiodifusão e Notícias do Estado (CERNE), na então Agência Goiana de Notícias (AGN), onde ficou por seis anos.
Em 1966 coordenou sua segunda campanha eleitoral, a do empresário Benedito Vicente Ferreira a Deputado Federal pela Aliança Renovadora Nacional (Arena). Montou uma estratégia utilizando as técnicas mais modernas e conseguiu sua segunda vitória. A terceira campanha, igualmente bem sucedida, aconteceria quatro anos depois, em 1970, de dois candidatos da Arena ao Senado Federal na disputa por três vagas, quando a terceira vaga teria mandato pela metade: o esquema que adotou permitiu que o deputado federal Benedito Boa Sorte e o então vice-governador Osires Teixeira fossem os mais votados e conquistassem as duas principais vagas. Em 1975, a convite do prefeito nomeado de Anápolis, Jamel Cecílio, coordenou a campanha dos candidatos da Arena para a Câmara Municipal, quando seu trabalho contribuiu para a eleição da maioria dos vereadores desse partido, que “à época tinha cinco vereadores contra 10 do antigo MDB dos imbatíveis irmãos Santillo”; a cidade era considerada Área de Segurança Nacional pelo Governo militar por sediar a Base Aérea que supervisionava a Capital do País e a tendência era a derrota dos candidatos arenistas.
Brasília
Quando deixou a diretoria do Cerne José Osório voltou para o jornalismo, sendo editor de Política do jornal diário “Folha de Goiaz” e free-lancer do semanário “Cinco de Março”. No dia 30 de setembro de 1972 lançou a revista “Leia Agora”, num formato diferenciado na época e que teve grande aceitação, pelo estilo, diagramação e conteúdo. Era um momento em que as inovações estavam começando a chegar a Goiânia, ao ser ressaltado o fato da gráfica de “O Popular”, responsável pela impressão dos exemplares, ter feito um trabalho ousado e difícil naquele instante: fotografou e imprimiu as 100 páginas da revista “em menos de quatro dias”. Em seguida, a publicação foi lançada em várias regiões do País, com idêntica receptividade.
“Nunca o encontrei no lazer, sempre no trabalho”, recorda-se Valterli, para ressaltar que José Osório é um profissional audacioso, tem tino comercial e criou, no início dos anos 1970, uma grande revista em Goiânia, a “Leia Agora”. Bem feita, de grande repercussão, pelo formato, pelo conteúdo e pela circulação implantada, que chegou a vários Estados. Tinha uma equipe de nível, comandada pelo jornalista Haroldo de Brito, e seu lançamento, no Clube Jaó, mostrou a sua aceitação pelos leitores, pela crítica e pelos empresários.
“Não existem palavras para qualificar tão importante e magnífico produto jornalístico!”, destaca Raulindo Naves. “É emocionante relembrar o período glorioso da ‘Leia Agora’, a mais importante revista goiana de circulação nacional. É um case jornalístico para hoje, quase meio século depois. Cada matéria, cada página também merece o mesmo tratamento de estudo crítico”. Explica que José Osório fazia de tudo uma rotina simples, alegre, inocente; executava quase tudo: contratações, redação e revisão geral, captação de publicidade, realizava e acompanhava diagramação, impressão, acabamento e distribuição, recebimento das faturas, pagamento dos compromissos, contatos permanentes com credores, bancos e fornecedores, convivência com agências de propaganda, com autoridades, com associações e sindicatos de profissionais, com artistas e personalidades de destaque. “Sempre se destacou pela criatividade e execução de suas ideias e de seus sonhos, com mais glórias do que agruras. Acompanhei sempre de muito perto a liderança dele, sua inspiração, competência, eficácia e resultados brilhantes, como a ‘Leia Agora’”.
A revista não conseguiu se firmar, na parte comercial, e foi fechada três anos depois.
Em 1975 mudou-se para Brasília, onde assumiu, a convite do empresário Fernando Câmara, a Diretoria de Projetos Especiais do “Jornal de Brasília” (“JBr”), lá permanecendo por 10 anos, quando foi convidado e assumiu a Direção Comercial da revista “Manchete”, do Grupo Bloch, em Brasília, na qual atuou por quatro anos. Depois retornou ao “JBr” para um novo período, agora de seis anos, quando implantou o primeiro “Caderno de Turismo de Brasília”. Posteriormente se dedicou a criar e editar revistas na área de turismo, como “Viajar Turismo e Negócios”, ideário que o levou a participar, ativamente, do movimento para a criação da Confederação Nacional do Turismo (CNTur), sendo seu diretor executivo desde 2009. Criou e editou, ainda, o “Caderno de Turismo do Centro-Oeste”.
Por 14 anos editou o mesmo número de versões do “Brasília Tourist Guide”, único guia turístico da Capital do País em português, inglês e espanhol e os guias turísticos “Mato Grosso do Sul Tourist Guide” e “Goiás Tourist Guide”, ambos também em três idiomas. Atualmente edita informativos e peças promocionais sobre as atividades da CNTur.
Representações e títulos
Foi presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás por nove anos consecutivos; fundou e presidiu por 10 anos a Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores de Turismo do Distrito Federal (Abrajet-DF); presidiu o Skal Internacional de Brasília; o Lions Clube; e foi vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas Profissionais (Fenaj) e da Abrajet Nacional.
Pela divulgação sistemática de Brasília recebeu a Comenda no Grau de Cavaleiro do Governo do Distrito Federal, diplomas e troféus nacionais e internacionais. Dentre esses, o Diploma de Mérito da Câmara de Comércio Sueco-Brasileira / SAS – Scandinavian Air Lines (Amsterdam-Suécia); da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL)/TAP, de Portugal; da Maison de France/Air France; troféu Golden Helmes, do Senado de Berlim, Alemanha; e do Skal Internacional, de Barcelona, Espanha. No Brasil foi agraciado com menções honrosas da Associação Brasileira dos Agentes de Viagem do Distrito Federal (ABAV-DF); da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Goiás (ABIH-GO); do Festival de Turismo de Gramado, RS; da Abrajet-SC e Abrajet-Rio; Troféu Imprensa de Turismo, de Minas Gerais; Troféu da Corte-DF, da Secretaria de Turismo do Distrito Federal; o Prêmio UPIS de Turismo, em 2015, da Universidade UPIS, de Brasília, concedido a personalidades, empresas e entidades que contribuem ou contribuíram para o desenvolvimento do turismo no País; entre outros.
José Osório Naves nasceu no dia 5 de fevereiro de 1939, no distrito de São Geraldo, que integrava a nova Capital goiana, e se mudou para o bairro de Campinas, também em Goiânia, no início de 1951, acompanhando a família, e ali morou por 15 anos.
Jales Naves é jornalista.