O humanista Barack Obama lidera caçada mortal aos terroristas, com aprovação dos americanos
16 abril 2016 às 10h54
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“Guerra Secreta — A CIA, um Exército Invisível e o Combate nas Sombras” (Record, 392 páginas, tradução de Flávio Gordon), de Mark Mazzetti, está chegando às livrarias. É uma obra-prima do jornalismo americano.
Mark Mazzetti, premiado com o Pulitzer, relata que a guerra contra o terrorismo tornou-se, na verdade, uma gigantesca caçada humana — com autorização integral do presidente Barack Obama, que, aos olhos do mundo, é visto como um humanista em tempo integral — quando, no poder, se tornou um realista visceral, o gestor de um império.
A pesquisa de Mark Mazzetti revela que CIA e Forças Armadas estão com as mesmas funções: espionando e caçando pessoas para matar. “A prioridade da CIA já não é mais reunir informações sobre governos estrangeiros e os seus países, mas sim a caçada humana. A nova missão premia quem colhe informações detalhadas sobre indivíduos específicos, e pouco importa o modo como isso é feito”, afirma o jornalista.
Os Estados Unidos institucionalizaram o uso de drones para ataques mortais. Embora publicamente defenda a liberdade de expressão, o presidente Barack Obama recorreu à Justiça para evitar que a imprensa obtivesse acesso irrestrito e mesmo restrito a informações oficiais sobre o uso de drones pela CIA.
Um detalhe que pode parecer chocante para os humanistas: uma pesquisa da Universidade de Stanford revela que 69% dos americanos aprovam o assassinato secreto de terroristas por militares e agentes americanos.
Mark Mazzetti é repórter do “New York Times” e escreveu para a revista “The Economist”.