Nestore Scodro, que lutou contra o fascismo, conta como fundou a Mabel, empresa comprada pela Pepsico

09 maio 2017 às 12h34

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O empresário de 87 anos veio para o Brasil em 1959, criou uma empresa poderosa e, em seguida, abriu novo negócio nos Estados Unidos
O empresário Nestore Scodro, fundador do megassucesso Mabel — fábrica de bolachas e outros produtores —, compartilha sua experiência bem-sucedida no livro “O Bom e Velho Jeito de Empreender” (Gente, 256 páginas), de Raquel Pinho, especialista em jornalismo literário. O intertítulo é: “Conheça as lições surpreendentes de quem fundou a Mabel, um império bilionário e uma das marcas mais fortes e tradicionais da indústria brasileira”. A obra será lançada na terça-feira, 16, às 19 horas, na Livraria Saraiva do shopping Flamboyant, em Goiânia.
Nestore Scodro nasceu na Itália, há 87 anos. Na Segunda Guerra Mundial, antifascista, lutou como partigiani contra as tropas de Benito Mussolini e do nazista Adolf Hitler. Era músico, um virtuose do violino. Com a da guerra, a Itália ficou arrasada e muitos jovens decidiram “fazer a América” (a prioridade eram os Estados Unidos, mas outros optaram pela América do Sul, sobretudo Brasil e Argentina). O irmão Udélio Scodro aportou primeiro no Brasil, em 1947, há setenta anos. Três anos depois, em 1950, convidado pelo irmão, chegou Nestore Scodro.
Ao chegar, Nestore Scodro pensou inicialmente em se firmar como músico erudito, artífice do violino. Tocou em orquestras de baile. Acabou desistindo da música e, junto com o irmão, fundou a Mabel, um dos casos de sucesso empresarial do país, tão bem-sucedida que foi adquirida pela gigante Pepsico.
Em 1998, Nestore Scodro mudou-se para Miami, nos Estados Unidos. Poderia curtir uma vida de aposentado, mas decidiu abrir uma empresa de distribuição de biscoitos e fabricação de salgadinho de milho (com chips) com a marca Skinny.