Mulheres superam proletários e “tomam” o poder. Jovem assume comando de jornal de 101 anos
19 março 2014 às 16h11
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O filósofo alemão Karl Marx e o bolchevique russo Vladimir Lênin acreditavam que, um dia, “dirigidos” pelo Partido Comunista, o proletariado chegaria ao poder. Já as feministas, mais modestas, apostam em igualdade de condições entre homens e mulheres, para que estas possam se desenvolver livremente. O capitalismo, que Marx avaliava como o modo de produção mais revolucionário da história — o “Manifesto Comunista” faz a apologia da burguesia e do capitalismo —, acabou por gerar uma revolução pouca divulgada, porque silenciosa e pacífica, mas absorvente e profunda. As mulheres, e não os proletários, estão ampliando seu raio de atuação em vários setores da sociedade. A Alemanha (quarta potência internacional), terra de homens durões e supostamente autoritários, é governada por Angela Merkel. O Chile, país que passou pela cruenta (e modernizadora) ditadura de Augusto Pinochet, é gerido por Michelle Bachelet. Dilma Rousseff é presidente do Brasil, sétima maior potência mundial. São três mulheres competentes, modernas e íntegras.
No jornalismo, depois de Ruth Aquino no comando do jornal “O Dia” e como redatora-chefe da “Época” (é o segundo cargo mais importante da revista) e de Eleonora Lucena como editora-executiva da “Folha de S. Paulo” (cargo abaixo apenas do diretor de redação Otavio Frias Filho, um dos proprietários; ela dirigia o dia a dia do jornal), agora se tem uma mulher, Mariana Carneiro, na direção de redação de um jornal que está no mercado há 101 anos.
Mariana Carneiro assumiu o comando de “A Tarde”, um dos principais diários da Bahia.