O repórter e assessor de imprensa estava internado na UTI DO Hospital Jacob Facuri, em Goiânia

O jornalista Robson Filene de Oliveira morreu na segunda-feira, 15, aos 52 anos, de complicações derivadas da Covid-19. Ele estava internado na UTI do Hospital Jacob Facuri, em Goiânia.

Robson trabalhou no jornal “Diário da Manhã”, assessorou o ex-deputado federal Pedro Wilson e o deputado estadual Humberto Aidar (MDB). Também foi redator da Agência Assembleia de Notícias de 2013 a 2016. Assessorou entidades sindicais, como o Sintego.

Robson Filene: jornalista | Foto: Facebook

Depois de ter militado no PT — era moderado (um democrata, acima de tudo) e discreto —, Robson Filene disputou mandato de vereador em Goiânia pelo Partido Trabalhista Nacional (PTN), em 2016. Não foi eleito.

Depoimento sobre o profeta da gentileza

Robson Filene trabalhou comigo durante algum tempo, no “Diário da Manhã”, e continuamos mantendo contato. Era dotado de uma educação refinada, um gentleman. Mandava mensagens falando de determinadas reportagens, sempre com um comentário positivo. Às vezes, passava informações em “off”. Mas, como não era dado à maledicência, eram informações precisas e que não prejudicavam nenhuma pessoa. Um dia, brincando, eu lhe disse: “Robson, você é o profeta da gentileza”. Ele riu, de maneira contrita, e nada disse. Morreu não apenas um jornalista capaz, mas também uma pessoa de doçura infinita e um homem decente e generoso.

Em 2016, quando disputou mandato de vereador, lembro-me de ter lhe dito: “Robson, gostaria de votar em você. Mas já tenho candidato — o meu colega de redação Elder Dias”. Sua resposta: “Não tem problema, Euler. O Elder é um bom candidato, uma pessoa de bem e do bem”. Ele contou que conhecia o jornalista Elder Dias da Vila Itataia.

Quando perdeu um irmão, Robson Filene escreveu um belo se sensível “desabafo” no Facebook.