Velório e sepultamento: sábado, 21, das 7 às 11h, no Cemitério Jardim das Palmeiras.

Você conheceu o eternamente jovem Lorimá Dionísio Gualberto? Eternamente por quê? Porque seu bom humor, aquele humor que parecia mal-humorado, dada sua finura-grossura, o mantinha jovial. Era idoso? Impossível pensar nele assim. Era (e é) preciso pensá-lo mais como “imortal”. Quanto mais velho ficava mais jovem parecia. Com uma cabeça viva e ativa.

Bem, se você não conhecia Lorimá Dionísio Gualberto, de nome pomposo, certamente, se leu jornais de Goiás nos últimos 50 anos, conheceu Mazinho, um jornalista de primeira linha.

Mazinho, o Lorimá Dionísio Gualberto, que parecia imortal, morreu na sexta-feira, 20, em Goiânia, aos 79 anos. É como se não quisesse se tornar octogenário.

De acordo com o amigo Afonso Lopes, uma equipe de médicos havia colocado stents em Mazinho, há poucos dias, mas ele acabou não resistindo e faleceu. Estava internado no Hospital Anis Rassi, especializado em cardiologia, em Goiânia.

Mazinho trabalhou em várias publicações, como “O Popular”, “Diário da Manhã” e “Jornal da Segunda”. Foi diretor do “Goiânia Urgente” (TV Goyá e Record) e da Televisão Brasil Central (TBC).

Nas redações, Mazinho era o típico jornalista polivalente, que escrevia bem e rápido sobre qualquer assunto. Como editor, era um chefe duro, exigente e, por vezes, brincalhão. Contava histórias, sérias e divertidas, como poucos.

Além de ótimo editor, Mazinho se notabilizava por ser um pauteiro (chefe de reportagem) de primeira linha. Nos dias de mau (ou bom, sabe-se lá) humor, às vezes “brincava” com os repórteres. Dizia: vocês querem pauta pra quê? Viraram músicos, por acaso. Brincadeira à parte, sempre tinha uma pauta — na verdade, várias — na cachola. Porque conhecia Goiás e Goiânia — com seus personagens variados — como poucos.

Entre os vários amigos de Mazinho estava Afonso Lopes, com o qual eventualmente pescava. Depois, quando voltavam, ele contava divertidas histórias de pescadores. Sempre rindo, divertindo a si e aos amigos.

Mazinho adorava música e tocava violão como um mestre.

Repercussão

Luiz Carlos Bordoni

“Lamentavelmente, morre meu irmão Mazinho. Fizemos tantas coisas juntos na televisão e em campanhas políticas. Tinha 79 anos. Triste.”

Wandell Seixas

“Companheirão tava ali. Estivemos juntos em ‘O Popula’r. Estou semiparalisado. Informação inesperada.”

Edson Luiz de Almeida

“Que o nosso colega Mazinho esteja em paz. Grande figura humana.”

Humberto Silva

“Mazinho era chefe, professor, editor, conselheiro e um grande amigo. Que Deus conforte o coração de todos familiares e amigos. Muito triste.”

Afonso Lopes

“Que pancada. Acho que nunca estamos preparados para notícias como essa. Mazinho foi meu primeiro diretor na TV (Goya, Goiânia Urgente). Trabalhamos juntos em muitas redações. Era um irmão, companheiro de pescarias. Estará sempre nas boas lembranças de seus incontáveis amigos.”

Paulo Menegazzo

“Haviam três datilógrafos na redação mais rápidos do mundo, alguns com dois dedos, outros com dez. Mazinho e Bordoni se revezavam na liderança, seguidos de perto pelo Fernando Martins e eu.”

Matya Rodrigues

“Tive o grande privilégio de trabalhar ao lado dele nos momentos de caos da TV Goya e nem assim ele perdia a calma… que siga em Paz.”