Na década de 1970, o Porangatu Atlético Clube (PAC) era um dos melhores times de futebol do Norte goiano. Seus jogos com clubes da Sama, de Estrela do Norte e Uruaçu eram concorridos, com plateias fiéis.

O técnico Calado era um mestre — sereno, disciplinado e empático com os jogadores (assim como Chapa, o técnico do dente de leite, ou infanto-juvenil).

Jusmar Dias, o Crente: jogador do Porangatu e do Atlético e professor | Foto: Reprodução

No clube pontificavam jogadores como Deuzélio, Perci e Crente. Eram craques. (No infanto-juvenil, pontificavam Valdemarzinho, o filho do vento, João Roberto Naves, Periquito — que mora na Itália — e Teves. Eu também joguei no time.)

Jusmar Dias, o Crente, era um jogador forte e vigoroso. Ao mesmo tempo, era habilidoso.

Depois de brilhar no Porangatu, Crente aventurou pelo Atlético, clube de Campinas, em Goiânia. Jogou no Atlético, salvo engano, como lateral. Como eu morava em Campinas, vi Crente treinando e jogando no estádio Armando Acioly. Gilberto, foi para o Fluminense, jogou ao lado de Crente.

Crente era um fenômeno. Não era magro e nem era gordo. Era muito forte. Mesmo sendo menos leve que atacantes, era ágil e habilidoso. Era um marcador duro, até implacável, mas não era violento.

O radialista Ivan Vieira, meu primo, relatou no Facebook que Jusmar Dias morreu de um infarto, aos 66 anos, na quinta-feira, 11, em Porangatu. Ele havia sido operado da coluna, mas, de acordo com o amigo, parecia bem.

De acordo com Ivan Vieira, Jusmar Dias era professor aposentado do governo do Estado e morava numa chácara, nas proximidades da cidade.

De Crente, todos dizem a mesma coisa: “Um homem de bem e do bem”.

Repercussão

No Facebook, Caitano Celedônio comentou: “Nossa família sentiu muito o falecimento do Jusmar. Grande quarto-zagueiro do Porangatu, era calmo na vida, mas dentro de campo era uma fera …. que ele esteja em um bom lugar”.

Josias Leite De Freitas Junior, no Facebook, disse: “Meus sentimos a família. Um grande homem público, grande desportista, lutou pelo futebol em Porangatu. Uma pessoa amiga, leal, honesta. Perda para a sociedade porangatuense”.

O escritor Euclides De Souza Goianinho afirma: “Perdemos um gigante do esporte porangatuense. Eterno camisa 5 do Porangatu Atlético Clube (PAC)”.