O jornalista Jayro Rodrigues morreu na segunda-feira, 3, aos 82 anos. O corpo está sendo velado na Primeira Igreja Presbiteriana, na Rua 68, esquina com a Rua 71, no Centro de Goiânia.

Jayro Rodrigues foi presidente do Cerne no governo de Henrique Santillo e trabalhou nos vários governos de Marconi Perillo (PSDB).

A história de Jayro Rodrigues no jornalismo é riquíssima e merece, um dia, ser contada em detalhes (vale um livro, que poderia ser escrito pelo ótimo biógrafo Iúri Rincon Godinho ou pelo brilhante jornalista Luiz Carlos Bordoni, que sabe tudo sobre o amigo e colega). Ele trabalhou no Jornal Opção, em “O Popular” e no “Diário da Manhã” durante longos anos.

Jayro Rodrigues, Luiz Carlos Bordoni, Haley Margon e Ivan Mendonça: três jornalistas e um político (Haley) de primeira linha do Estado de Goiás | Foto: Reprodução/Facebook

Na área esportiva, Jayro Rodrigues escreveu com raro brilho, examinando detalhes dos jogos que muitos não percebiam. Porque ele tinha um olhar aguçado, perspicaz. Pode-se dizer que, mesmo atuando “fora” do campo, era um craque. Uma espécie de Pelé do jornalismo esportivo.

Mais tarde, Jayro Rodrigues migrou para o jornalismo político e se tornou um articulista de primeira linha, com uma inteligência fina. O jornalista tinha opinião e a estribava em argumentos sólidos e precisos. Ele ajudou a formar uma geração de repórteres em Goiás. Era, como o grande Washington Novaes, um jornalista-escola. Ele sabia ensinar, e o fazia sempre com boa vontade.

Nos meus tempos de foca, no “Diário da Manhã”, no governo de Henrique Santillo, Jayro Rodrigues me acolheu e me atendia com extrema boa vontade. Era um sábio… desses que sabem escutar bem e só depois expõem sua própria opinião ou ideia.

Mais tarde, eu já no Jornal Opção, Jayro Rodrigues se tornou uma boa fonte. Ele não plantava notas, e sabia corrigir informações e orientar o repórter por caminhos corretos e responsáveis. Com sua voz inconfundível, meio gutural mais bela, conversava tranquilamente

A rigor, Jayro Rodrigues era um lorde no Cerrado. Sempre educado, ponderado e decente. Um homem e jornalista raro. Dos grandes. Fará falta, como Servito Menezes e Joel Ulhôa, ambos professores da UFG.

Diz-se que, contra o câncer, não se luta. Pois, no caso de Jayro Rodrigues, houve, sim, uma longa batalha. E, com sua energia vital, lutou e talvez seja possível dizer: venceu várias guerras contra a doença. Tanto que morreu aos 82 anos.