Livro revela que corrupção das empreiteiras começou na ditadura, não com o PT de Lula
06 maio 2018 às 00h00
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A dica é do escritor Aureliano Martins: “Estranhas Catedrais — As Empreiteiras Brasileiras e a Ditadura Civil-Militar: 1964-1988” (Eduff, 444 páginas), do historiador Pedro Henrique Pedreira Campos. Segue sinopse colhida no site da Livrara Amazon: “Um histórico sobre os ‘gigantes que nunca dormiram’ é a inspiração e fio condutor de ‘Estranhas Catedrais’. A análise crítica identifica na ditadura civil-militar brasileira do período 1964-1988 a origem da inserção, contaminação e subordinação do tecido orgânico do Estado aos interesses do segmento dos empreiteiros. O livro foi vencedor do Prêmio Jabuti 2015, na categoria ‘Economia, Administração, Negócios, Turismo, Hotelaria e Lazer’.
“Em foco, o crescimento e consolidação das principais empresas do setor de construção pesada no Brasil, numa articulação que, segundo o autor, propiciou o desenvolvimento expressivo, a modernização capitalista e a internacionalização das ‘gigantes do setor’.
“Ao demonstrar as injunções políticas, estratégias e práticas que permeiam as relações da iniciativa privada e poder público e sua legitimação por ‘intelectuais orgânicos’, a publicação constata e fornece elementos de compreensão acerca de ‘Estado, Poder e Classes Sociais no Brasil’, conforme sugere o prefácio, assinado pela historiadora Virgínia Fontes.”
Perguntado sobre o motivo de ter colaborado para “matar” a ditadura, o presidente-general Ernesto Geisel, um homem de rara decência, não titubeou: a ditadura, depois de Castello Branco, e talvez mesmo com o líder cearense, havia se tornado uma “bagunça”.
O livro custa 58 reais e acaba de entrar para minha extensa lista penelopiana (é feita e desfeita com frequência).