Livro conta como as mulheres atuaram tanto na linha de frente quanto nos bastidores da Ação Libertadora Nacional

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O jornalista, escritor e pesquisador Luiz Maklouf Carvalho escreveu um excelente livro sobre a participação das mulheres na luta armada no Brasil, entre as décadas de 1960 e 1970. “Mulheres Que Foram à Luta Armada” foi publicado pela Editora Globo em 1998. Vinte anos depois, mantém a excelência e merece nova edição — revista ou não. Agora, num livro de perfil aparentemente mais acadêmico (ainda não o li), a doutora em história Maria Cláudia Badan Ribeiro lança “Mulheres na Luta Armada — Protagonismo na ALN” (Alameda, 572 páginas). O repórter Renato Dias, especializado no tema “lutas das esquerdas”, garante que o livro é, de tão bom, do balacobaco.

Maria Cláudia mostra no livro, afirma Renato Dias, o intenso trabalho das mulheres tanto na linha de frente da guerrilha quanto na operação dos bastidores, na formatação da logística. A Ação Libertaadora Nacional, criada por Carlos Marighella, foi a mais importante organização de esquerda guerrilheira na década de 1960. No início da década de 1970, com Marighella morto pelo grupo do delegado Sérgio Fleury, foi dinamitada pela repressão.