É uma história lamentável, e até Dostoiévski teria dificuldade de transformá-la em literatura

O Pior dos CrimesA vida é o único bem insubstituível. Roubaram seu automóvel? O seguro paga ou você economiza e compra outro. Furtaram seu celular? Você adquire outro, novo ou usado, pagando prestações relativamente suaves. Entretanto, se você morre, acabou — não há volta. Portanto, o assassinato é o crime abominável — é o inominável. A história da morte da menina Isabella Nardoni já foi contada várias vezes pela imprensa. É uma história tristíssima, das mais lamentáveis — nem o imaginoso Fiódor Dostoiévski provavelmente conseguiria transformá-la em literatura, tanto pela crueldade do crime em si quanto pela encenação dos assassinos.

Rogério Pagman decidiu ampliar o entendimento a respeito do crime brutal no livro “O Pior dos Crimes — A História do Assassinato de Isabella Nardoni” (Record, 336 páginas).

Sinopse enviada pela editora: “A história completa do assassinato que chocou o Brasil. Construído em ritmo de thriller, ‘O Pior dos Crimes’ esmiúça o trágico caso que conseguiu estarrecer a opinião pública de um país rotineiramente violento. Em 29 de março de 2008, Isabella, de 5 anos, foi atirada ainda com vida pela janela do sexto andar do apartamento do pai, Alexandre Nardoni, e da madrasta, Anna Carolina Jatobá, na zona norte da capital paulista, e morreu pouco depois de chegar ao hospital. O que se seguiu foi uma investigação e um processo repletos de pistas mal perseguidas, depoimentos de suspeitos com ‘pegadinhas’, uso de informações falsas, pressões indevidas para a obtenção de confissões, perícias criminais deficientes e um Ministério Público empolgado com os holofotes. Se o caso Nardoni representou ou não um erro judicial, se houve elementos suficientes para uma condenação ‘acima de qualquer dúvida razoável’, o leitor será capaz de dizer a partir da leitura deste instigante livro-reportagem”.