Livro de FHC critica Pedro Abrão, sugere ligação de Wolney Siqueira com lobby e revela fraqueza de Iris
14 novembro 2015 às 19h56
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O falecido senador Onofre Quinan é apresentado fazendo lobby para a empreiteira Mendes Júnior, querendo “salvar o insalvável”, nas palavras de Fernando Henrique Cardoso. Deputado federal é apresentado como um “tal Balestra”
O livro “Diários da Presidência — 1995-1996” (Companhia das Letras, 929 páginas), do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, faz referências a vários políticos e técnicos de Goiás. Apesar da maledicência costumeira do tucano, as citações aos goianos em geral não são desabonadoras e irônicas, exceto quanto ao ex-deputado federal Pedrinho Abrão. Não há referência ao governador de Goiás, Marconi Perillo, porque, no período, não tinha presença nacional consolidada. Ele foi eleito governador pela primeira vez em 1998. FHC governou o Brasil de 1995 a 2002 — oito anos —, mas o primeiro volume cobre apenas dois anos.
Há erros, sem gravidade, que poderão ser corrigidos na próxima edição. Em 7 de dezembro de 1996, Fernando Henrique esteve em Anápolis, para inaugurar a recuperação de “uma estrada que vai de Anápolis a Goiânia”. A rodovia é apresentada, numa nota de rodapé, como BR-060, mas se trata da BR-153. A BR-060 fica entre Brasília e Anápolis. O ex-presidente “informa” que Nion Albernaz havia sido eleito ao derrotar Maguito Vilela. Ocorre que, então governador de Goiás, Maguito não havia disputado a Prefeitura de Goiânia. Numa nota de rodapé, aparece a informação correta: “Luiz Bittencourt (PMDB) foi derrotado pelo tucano Nion Albernaz”.
“O ambiente estava calmo, o Iris Rezende lá, o Quinan e a mulher dele, que é a deputada Maria Valadão”, erra Fernando Henrique. O senador Onofre Quinan era casado com a deputada Lídia Quinan. Maria Valadão é mulher do ex-governador Ary Valadão.
Pedrinho Abrão
O empresário Pedrinho Abrão, deputado federal no período comentado pelos diários, é citado em 10 páginas. Líder do PTB na Câmara dos Deputados, falava com frequência com o então presidente da República. Dos políticos goianos mencionados, é o que sai com a imagem mais chamuscada.
“Então fiz a operação de nomeação [de Arlindo Porto para o Ministério da Agricultura]. De tarde mandei chamar o líder do PTB na Câmara, o Pedrinho Abrão, e o do Senado, o Valmir Campelo. Notei que o Pedrinho Abrão não queria um congressista [como ministro], mas nem discuti, eu disse: ‘Não, é esse, e pronto, acabou, já foi convidado, vamos ver o que acontece, e não acontece nada’. Eles mesmos avisaram a televisão que assim era. O PTB botou a carapuça, disse que me deram uma lista de seis nomes, nunca recebi lista nenhuma de seis, disse que tinha recebido a lista com o nome dele próprio, Pedrinho Abrão, eu não me lembro. Mas, enfim, a razão de Arlindo Porto era que temos aí uma pessoa com respeitabilidade, não é líder da bancada ruralista, e há a possibilidade de mantermos nossa equipe da parte agrícola da área econômica, que vai bem”.
Em dezembro de 1996, o presidente Fernando Henrique havia sido alertado pelo Ministério do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Gustavo Krause, de que havia problemas com Pedrinho Abrão, que, na Comissão de Orçamento, era “relator da parte relativa à irrigação”. A versão de FHC: “Pedrinho desmontou o orçamento e está remontando, cobrando comissões variadas de 2% a 10% das empreiteiras. Isso é um escândalo que vai acabar aparecendo. E é bom que apareça”. Uma nota de rodapé reforça: “O líder do PTB na Câmara foi acusado pelo ministro Gustavo Krause de exigir da Andrade Gutierrez uma propina de 4% para manter no orçamento da União a verba para a construção da barragem do Castanhão, no Ceará”.
Em seguida, Pedrinho Abrão é mencionado de maneira mais extensa nos diários: “Parece que Pedrinho Abrão foi acusado e sustentada a acusação do lobista da Andrade Gutierrez. A situação é paradoxal, porque não há documentos, não há a materialização da extorsão, é uma tentativa de extorsão denunciada por um lobista da Gutierrez e comprovada, perdão: alguns deputados dizem que ouviram a tal acusação”.
“Tenho medo que isso não dê em nada e desmoralize mais ainda o Congresso”, diz Fernando Henrique. “É verdade também que houve precipitação do Krause. Ele devia ter esperado surgir uma prova antes de falar para a imprensa; ou então ter pedido à imprensa que buscasse a prova, mas fez a denúncia praticamente antes de colher a prova. Que houve malandragem, não há dúvida. O Congresso inteiro não tem dúvida disso.”
Como os diários encerram-se em 1996, Fernando Henrique não esclarece que, em 1998, apesar de a comissão de sindicância ter recomendado a cassação do mandato de Pedrinho Abrão, o plenário avaliou que as provas eram insuficientes e o absolveu por 247 votos a 164. O político chegou a processar Gustavo Krause, mas perdeu a ação, em 1999.
Iris Rezende
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, merece menção em sete páginas dos diários. No período, era governador de Goiás — eleito em 1994. Iris Rezende, senador e ministro de Fernando Henrique, é citado em 17 páginas.
“Não consegui até hoje arrancar a securitização da dívida agrária. Fui informado pelo Clóvis [de Carvalho] de que o Guilherme Dias disse que o secretário da Agricultura de Goiás [nota de rodapé assegura que era Odilon Resende; na verdade, FHC erra: era Robledo Rezende] mostrou a ele que havia uma certa resistência política nesse momento no Estado. Aí há dois fatores. Um são os grandes produtores do Sudoeste goiano, e o Maguito Vilela é dessa região. Maguito sempre foi muito correto comigo, mas parece que também há pressão em cima dele.
E há outro fator, mais grave, o senador Iris Rezende, porque não conseguimos nomear o diretor do Departamento [Nacional] de Produção Mineral que ele tinha indicado. E não nomeamos porque houve alguma suspeita de que havia interesse do governador na questão.
Esse é um problema complicado porque o Iris tem sido um aliado constante e teremos que resolver esta parada. Mas, como disse, a securitização até hoje nada. Na questão agrícola, esse é um dos empecilhos mais graves”, escreve Fernando Henrique.
Se sugere, Fernando Henrique não esclarece se Maguito Vilela e Iris Rezende estavam disputando a indicação do diretor do DNPM em Goiás. Porém, se estavam competindo, o senador derrotou o governador. Iris Rezende conseguiu a indicação de Miguel Navarrete para o cargo. “Dizem que o Iris Rezende recebeu uma direção do departamento de mineralogia.
Isso é um pleito antigo! De seis meses, e eu há muito tempo venho insistindo para que o Raimundo Brito libere, porque não houve nada quanto o tal de [Miguel] Navarrete, não se apurou nada contra ele. Bom, o Iris é aliado, não precisa de troca de cargos para votar do jeito que ia votar”, anota Fernando Henrique. Uma nota de rodapé torna a informação mais precisa: “O novo diretor do DNPM, afilhado político de Iris Rezende [presidente da Comissão de Constituição e Justiça, CCJ], tomou posse na véspera da votação da CPI dos bancos”. Iris era “aliado”, mas, como ninguém é de ferro, FHC apressou a nomeação de seu indicado.
Numa reunião, Iris Rezende aparece, ao lado de outros políticos, fazendo lobby para Wagner Canhedo, da Vasp. O relato de Fernando Henrique: “… o líder do PFL no Senado, Hugo Napoleão, pediu uma audiência. Não veio sozinho, trouxe [Edison] Lobão, Iris Rezende, Zé Agripino [José Agripino Maia]. Eles queriam chamar atenção para a Vasp e para o [Wagner] Canhedo. Pedir para que eu faça alguma coisa, porque o Banco do Brasil tem que entender o problema da Vasp, o Canhedo é um batalhador, está sendo injustiçado. Pediram audiência com discrição, como se isso fosse algo extraordinário, mas, enfim, vamos lá”.
Em agosto de 1995, discute-se a crise do PMDB. “Fui procurado pelo Moreira Franco, do Rio, e pelo Aloysio Nunes Ferreira, de São Paulo, a pedido do Luís Eduardo Magalhães, que está preocupado com a crise do PMDB. Vieram me dizer que é melhor tentar botar o Iris [Rezende], porque realmente o Jader [Barbalho] é ruim e não vai pegar. Eles têm horror do Paes [de Andrade], porque também imobiliza o PMDB. Telefonei para o Iris, que votou com o governo [na questão da privatização da Vale], agradeci-lhe e marquei em princípio uma conversa amanhã. Ele certamente falará do PMDB, está louco para ser candidato à presidência mas quer um sopro do governo”. Se o governo deu um sopro, talvez por ter sido fraco, Iris Rezende não conseguiu ir muito longe. O motivo: nunca se tornou um líder nacional de seu partido.
Em dezembro de 1995, o presidente Fernando Henrique recebe Sérgio Motta e Romeu Tuma, que querem discutir a Prefeitura de São Paulo, e Iris Rezende. “Atrapalharam a minha conversa com Iris, que, na verdade, quer se preparar para a candidatura ao Senado, no ano que vem, o que seria uma boa se conseguíssemos mesmo ganhar”, registra, cético, FHC.
Em novembro de 1996, o presidente e Iris Rezende se reúnem mais uma vez. A anotação de Fernando Henrique: “… recebi o Iris Rezende, que é candidato à presidência do Senado e no fundo acha o seguinte: deixe o Antonio Carlos [Magalhães], ele vai querer ir para o plenário, o PMDB não vai aceitar e, dentro desse quadro, ele, Iris, tem mais chance do que o Jader e acaba dando Iris Rezende. Ouvi com a atenção com que sempre ouço. Gosto do Iris, ele é discreto. Não sei, preciso ir com muita prudência nessa matéria”.
Adiante, Fernando Henrique conta que foi procurado pelo deputado Luís Eduardo Magalhães, que pediu “alguma pequena ajuda” para Antonio Carlos Magalhães se tornar presidente do Senado. “Bom, certamente”, disse aquele que, antes, parecia articular com Iris Rezende. “Eu disse que já havia conversado com o Iris Rezende e com o Jader Barbalho, que todos eram candidatos. O Iris pediu que eu não me metesse”, frisa FHC.
Noutra conversa, Luís Eduardo Magalhães sugere a Fernando Henrique que convoque Iris Rezende para um ministério. “Com isso ele acha que afastaríamos Iris do Senado, mas não creio que aconteça assim. Conversei com Iris e ele vai para a disputa no plenário porque sabe que ganha. Entre ser presidente do Senado ou ministro, vai escolher a presidência do Senado. Essa foi a conversa com o Luís Eduardo, sempre prestimoso.”
Em 9 de dezembro de 1996, numa nova rodada de conversações, o presidente recebe Iris Rezende para discutir a eleição para o comando do Senado. “Recebi o Iris Rezende no fim do dia. Ele é candidato à presidência do Senado, disse que o Jader ficou de decidir amanhã qual dos dois seria escolhido e quer o meu apoio. Acho que o Iris, no voto secreto, ganha. Enfim, vamos ver, vou ter que levar isso com muito jeito, porque o Antonio Carlos está candidatíssimo e tenho uma ligação forte com o Luís Eduardo. Vai ser uma situação muito difícil para mim, e também para o Senado.” Percebe-se que Fernando Henrique estava fazendo jogo duplo: não queria ACM no direção do Senado, mas articulava com todos, inclusive com ele. Iris Rezende, tudo indica, era um peão em suas mãos — usado para conter o ímpeto do senador baiano.
FCH apresenta Jader Barbalho como “mentor efetivo do Iris”. Escolher um mentor como o político paraense sugere mais fragilidade (e falta de referência) política do que intelectual do homem que foi prefeito de Goiânia, deputado, governador, senador e ministro.
Iris Rezende, sem percepção do quadro real, mais uma vez dançou: José Sarney foi substituído por Antonio Carlos Magalhães. Depois, Jader Barbalho assumiu a presidência do Senado.
Depois de tratar Iris Rezende com luvas de pelica, usando-o para manter certo equilíbrio no Senado, Fernando Henrique faz uma ligeira correção numa fala do senador goiano. “O Iris Rezende, que eu havia recebido na segunda-feira, foi ao Senado e fez um discurso dizendo que havia sido convidado para ser ministro e que recusara. Eu registrei em que condições foi feito isso. Não foi bem um convite; ele tinha sido procurado por terceiros, em meu nome, sem falar diretamente comigo. Se quiser ser ministro, não tem problema, pode dizer que eu convidei. Se não quiser, paciência.” O peemedebista acabou se tornando ministro da Justiça do governo.
O ministro dos Transportes dos primeiros dois anos do governo, Odacir Klein, não era respeitado, aponta Fernando Henrique, por alguns políticos e subalternos. Os lobbies, financiadores de políticos, controlavam o ministério, à revelia do ministro. “O [José Luiz] Portella [Pereira] disse que o Tarcísio Delgado entregou inteiramente a um tal de Wolney [Siqueira], que foi indicado pelo Iris Rezende, as decisões sobre as obras a serem feitas. Não havia controle real do Executivo sobre a matéria e os lobbies. Não que houvesse corrupção, mas os lobbies estavam tomando decisões à frente das nossas decisões políticas”, sublinha, com certa diplomacia, Fernando Henrique. Wolney Siqueira era diretor de Engenharia do DNER.
Curiosamente, Fernando Henrique admite que os lobbies, com ou sem Wolney Siqueira, controlavam amplos setores de seu governo. “Isso se vê por toda parte. É muito difícil levar essa máquina, porque ela está muito penetrada por interesses privatistas e partidários.”
Maguito, Lúcia e Balestra
Maguito Vilela é tratado de maneira branda nos diários. “Peguei o [Nelson] Jobim e fomos a Pirenópolis. Almocei na casa do Sérgio Amaral. Estavam, além do Jobim, o Sebastião Rego Barros e o governador de Goiás, o Maguito Vilela, pessoa muito agradável.”
Em julho de 1996, Fernando Henrique expõe em seu diário: “Conversei também, longamente, com o Maguito Vilela, que veio reivindicar o pagamento da venda de uma empresa do Estado de Goiás e o adiantamento de privatização a ser feito pelo BNDES. Acho que isso vai ser possível, mas provoca sempre reação, inclusive no PSDB de Goiânia. Bom, me trouxe também uns dados, dizendo que eu tenho pouco mais de 70% de apoio em Goiás. Pode ser”. A empresa pode ser a usina de Cachoeira Dourada, a galinha dos ovos de ouro que o governo goiano e a Celg perderam. Não há informação factual que comprove que Maguito — sempre cordato — tenha sofrido pressão para vendê-la.
A senadora Lúcia Vânia sempre manteve uma relação cordial com Fernando Henrique e a antropóloga Ruth Cardoso. No primeiro governo do tucano, a política goiana foi uma das principais responsáveis pela área social. “Na Granja do Torto, reunião do ministério, uma exposição boa de Lúcia Vânia e da Anna Peliano sobre a parte governamental do Comunidade Solidária e sobre a política assistencial. Mostrou que o governo está com rumo, está fazendo algumas coisas, não é o suficiente, mas está indo”.
O empresário, ex-governador e então senador Onofre Quinan (falecido em 1998), embora não seja acusado de nada grave, não fica muito bem na fita. “Recebi o senador Onofre Quinan com um grupo de deputados de Minas encabeçados pelo José Vasconcelos e pelo senador Arlindo Porto. O que eles querem discutir é a questão muito controversa da Mendes Júnior. Querem salvar o insalvável. O Arlindo Porto insistiu muito comigo, todos eles, Maria Elvira, o Leopoldo Bessone. Eu disse que era muito difícil, dei minhas razões, mas não adiantou muito. Eles insistem nesse ponto.” O que fazia o líder do PMDB goiano entre políticos quase-lobistas de Minas Gerais? Não se sabe. Mas talvez falte escrever a história das relações da empreiteira Mendes Júnior com políticos de Goiás, como, talvez, Iris Rezende.
Pedro Parente — que foi chefe da Casa Civil de FHC, ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e secretário-executivo do Ministério da Fazenda — escreveu uma carta para o ministro da Fazenda, Pedro Malan, explicitando como era difícil suportar as pressões dos políticos. Motivo do desabafo de Pedro Parente, segundo Fernando Henrique: “Os deputados, o Maluly Neto foi lá com muita insolência, impertinência, um tal de [Roberto] Balestra [era dono de usina] também, para exigir coisa do álcool, os interesses são particulares, legítimos ou não, o interesse público é pouco visível, a imprensa não ressalta a dignidade do funcionário”.
Lista dos 21 ‘goianos’ citados nos diários do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
Benedito Ferreira
Esteve com FHC em companhia de Pedrinho Abrão. Discutiu sobre o comércio de gado. Foi senador. Morreu em 1997.
Cláudia Safatle
Jornalista, diretora-adjunta de redação, colunista e diretora da sucursal do jornal Valor Econômico em Brasília. Ela é de Catalão.
Darci Accorsi
Foi vereador, deputado estadual e prefeito de Goiânia. É citado en passant (na verdade, é gaúcho, mas fez sua carreira política em Goiás).
Gustavo Loyola
É elogiado pelo ex-presidente. “O Loyola tem punch para levar o Banco Central.” O ex-presidente o apona como técnico eficiente.
Henrique Meirelles
Como presidente do BankBoston, teria tentado comprar o Banco Nacional, revela Fernando Henrique Cardoso.
Wolney Siqueira
É apontado como “um tal de Wolney”. Não fica muito claro se FHC o arrola como lobista. Fica a dúvida.
Lídia Quinan
“Me parece uma pessoa sincera e bem orientada”, escreve o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nos diários.
Lúcia Vânia
A senadora é vista como a política de visão técnica que organizou o sistema de assistência social do governo de Fernando Henrique.
Luiz Bittencourt
O ex-deputado federal é lembrado como o candidato que perdeu a Prefeitura de Goiânia para Nion Albernaz, em 1996.
Maguito Vilela
É mencionado com tendo pedido um adiantamento da privatização de Cachoeira Dourada. É bem visto por FHC.
Maria Valadão
A ex-deputada federal é apresentada, erradamente, como mulher de Onofre Quinan. É mulher do ex-governador Ary Valadão.
Miguel Navarrete
O técnico é apontado como indicado ou imposto por Iris Rezende como diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral.
Nion Albernaz
Fernando Henrique Cardoso o expõe como prefeito eleito de Goiânia, em 1996, e o político que derrotou um candidato do PMDB.
Pedrinho Abrão
O livro mostra forte articulação com o presidente da República. Mas, devido a problemas com uma empreiteira, é o nome mais chamuscado.
Roberto Balestra
Aparece nos diários como o deputado federal que defende interesses pessoais, e não públicos. Fernando Henrique escreve: “Um tal Balestra”.
Ronald Bicca
O advogado do PPB (atual PP) teria recebido a lista dos devedores do Banco do Brasil. Teria sido passada por Plínio Gonçalves Dutra.
Rubens Cosac
Na discussão do setor agrícola, “Rubinho” mostra-se “mais razoável do que o [Nelson] Marchezan”, [Abelardo] Lupion e Valdir Colatto.
Sandro Mabel
Deputado, esteve na Espanha com Fernando Henrique. E sabe “do meu empenho em fazer o Brasil ter uma cara correta lá fora”.
Tomás Balduíno
O falecido bispo da Cidade de Goiás é citado em duas páginas, sobre questões agrárias e como participante de uma entrevista com FHC.
Walder de Góes
FHC apresenta o jornalista como tendo dito que a fracassomania da imprensa “tenta alimentar um novo ciclo de pessimismo”.
Iris Rezende
O ex-governador de Goiás e ex-prefeito é o político goiano mais citado nos diários de FHC. Em geral, de maneira positiva. É apontado como discreto.