O portal da revista “Imprensa” relata que o jornal americano “Los Angeles Times” afastou o repórter investigativo Jason Felch “após descobrir que ele matinha relações amorosas com uma fonte, de identidade não revelada, que o ajudou na produção de uma reportagem”.

No comunicado à redação, o editor do jornal, Davan Maharaj, explicou “que o relacionamento de Felch com a fonte e a não divulgação do caso constituíam ‘um lapso profissional que nenhuma organização noticiosa pode tolerar”.

Felch admite que não agiu com a devida correção, mas, num “comunicação à Agência Associated Press”, disse que “a história foi publicada semanas antes do início do relacionamento”. O repórter acrescentou uma informação absolutamente implausível: “quando a relação começou, deixou de confiar” na namorada “como fonte de informação”. “Eu me responsabilizo pelo que fiz”, afirma.

“A matéria em questão, publicada na capa do jornal no dia 7 de dezembro do ano passado, revelava que a Universidade Occidental, em Los Angeles, não informou às autoridades a existência de 27 alegados crimes sexuais que teriam ocorrido em 2012 na instituição”, relata a “Imprensa”.

Na verdade, o repórter foi apenas descoberto. Possivelmente, há dezenas de grandes reportagens que foram feitas a partir de relacionamentos pouco ortodoxos — a se observar pelo prisma da moralidade — e nada aconteceu. Pego em flagrante, o repórter saiu com uma explicação nada crível. Repórteres, se verdadeiramente investigativos, fazem coisas que, às vezes, não combinam com as regras estabelecidas em manuais de redação elaborados por jornalistas que, quem sabe, nunca foram repórteres.