Recentemente, o jornal “O Popular” bancou que o vice do candidato a prefeito pelo União Brasil, Sandro Mabel, seria o deputado estadual Henrique César, do Podemos. Entretanto, o furo era uma “barriga”.

O Jornal Opção cravou: a vice seria a tenente-coronel Cláudia da Silva Lira, do Avante. Não deu outra. A integrante da Polícia Militar é a vice do postulante do UB. Trata-se de um furo de reportagem.

Com uma equipe enxuta mas eficiente, o “Jornal Opção” é mais acessado do que “O Popular”. A liderança tem se confirmado mês a mês.

Em julho, enquanto o “Jornal Opção” obteve 11,5 milhões de acessos, “O Popular” conquistou 6,5 milhões. Os dados são do Google Analyticz.

O Jornal Opção teve quase o dobro do acesso de “O Popular”. Os dados de agosto já sinalizam que continuará à frente do concorrente.

Quais são os problemas de “O Popular”. Primeiro, o jornal “abre” algumas reportagens, mas “fecha” a maioria delas — o que impede o acesso para quem não é assinante. Um jornal regional, que não é conhecido no país, pode fechar suas páginas? É uma questão a se discutir com atenção pelo Grupo Jaime Câmara. Jornais “fechados” são vistos, por parte dos leitores, como “fora” da internet e “não amigáveis”. Nem o Google, que contribui para o aumento dos acessos, aprecia jornais “fechados”.

Segundo, embora seja um bom jornal no geral, falta agressividade jornalística ao “Popular”, a busca do furo, por exemplo. A questão da escolha do vice de Sandro Mabel é apenas um exemplo. Leitores não gostam de acessar jornais que se especializam em ser o primeiro ao chegar atrasado.

O “método” dominante de “O Popular” parece ser o de confirmar o que todos já sabem, sem vasculhar os bastidores e revelar aquilo que vai acontecer, mas as fontes ficam segurando.