Os jornais do país de “los hermanos” lamentaram na terça-feira, 22, a derrota da Seleção da Argentina para a Seleção da Arábia Saudita: 2 a 1. O craque Messi continua sem “encantar” as torcidas em Copa.

O jornal “Clarín”, apesar do lamento, foi até discreto: “Argentina se enredo en la telaraña de Arabia Saudita y sufrió un batacazo¹ histórico en Qatar”. Tradução aproximada: “Argentina se enredou na ‘teia de aranha’ da Arábia Saudita e sofreu uma derrota histórica no Catar”.

“Clarin” afirma que a Arábia Saudita é a seleção mais fraca do grupo. E, numa reportagem, com o título de “Motivos del papelón” (“Motivos do papelão”), tenta explicar o vexame: “Jugó mal, subestimó el partido y tuvo mala suerte” (“jogou mal, subestimou o adversário e teve má sorte”).

Messi: decisivo em clubes e mediano na Seleção da Argentina | Foto: Reprodução

“La Nacion” publicou: “Uma derrota histórica. La selección quedó envuelta em uma tormenta de arena y se le nubló o horizonte”. Tradução aproximada: “Uma derrota histórica. A seleção caiu envolta em uma tormenta de areia e nublou o horizonte”. Foi o título mais poético. O jornal está sugerindo que ficou mais difícil a Argentina se classificar, sobretudo porque perdeu o primeiro jogo para uma seleção considerada de segunda linha.

“Página 12” pôs no título: “El derrumbe de la Selección en el momento menos pensado/Cayó ante Arabia Saudita y perdió el largo invicto” (“A queda da Seleção no momento menos esperado” e “Caiu ante a Arábia Saudita e perdeu a longa invencibilidade”).

Cristian Dellocchio, do “Página 12”, explicou os motivos da derrota. De acordo com o analista, a maioria da defesa falhou. De Paul, Di María e Messi, da comissão de frente, jogou “muito pouco” (só um “poquito”). Como são peças-chaves, e jogaram quase nada, a seleção se tornou pouco ofensiva, em termos de resultado. O jornalista vê algo positivo: “O bom é que há tempo e oportunidade de sobra para melhorar”. Será mesmo?

Messi não chega aos pé de Pelé

Não há a menor dúvida de que Messi é um craque… em clubes. Na Seleção da Argentina, ao menos em copas, é um jogador mediano. Pode-se dizer que rei mesmo só Pelé.

Messi continua conde ou duque.

Nota

¹ Batacazo: “Pancada forte e ruidosa de alguém ao cair. Na Argentina, triunfo inesperado, vitória daquele que tinha poucas possibilidades”. “Dicionário Espanhol Português”, de A. Tenório d’Albuquerque