Não é o UFC que está salvando a carreira de Jon Jones. É o atleta que pode salvar o UFC

23 outubro 2015 às 19h47
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Ex-campeão dos meio-pesados pode reduzir a modorra das lutas de MMA do UFC e pôr mais dinheiro no caixa dos irmãos Fertitta
Quem leu a imprensa esportiva nacional e internacional ficou com a impressão de que o UFC de Dana White está dando uma grande chance ao lutador Jon Jones. Depois de seis de suspensão — porque atropelou uma mulher, deixando de lhe prestar socorro, e ainda há evidências de que seja usuário de cocaína e maconha —, Jon Jones estará, em breve, de volta ao octógono. Por quê?
Porque, ao contrário do que noticiou a imprensa, ou parte dela, o UFC não está nada bem financeiramente. A redução de custos e os contratos draconianos — os atletas têm de usar roupas da Reebok — têm a ver com o fato de que a empresa dos irmãos Fertitta está lutando para sair do vermelho. O MMA é o esporte que “mais cresce no mundo”, como dizem os ótimos garotos do canal Combate — Luciano Andrade é craquíssimo, o Messi do comentário a respeito de lutas de MMA e de seus atletas —, mas a grana não está entrando como se esperava.
Por isso, não é o UFC que está salvando a carreira de Jon Jones. É Jon Jones que pode “salvar” parte das finanças da empresa. Não só: o grande lutador, um atleta de alto nível — muito superior a Daniel Cormier, um burocrata atarracado —, pode livrar o UFC da modorra atual.