Homem que planejou matar Trump é engajado na luta pró-Ucrânia contra a Rússia de Putin
17 setembro 2024 às 10h07
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Ryan Wesley Routh tem 58 anos e trocou a Carolina do Norte pelo Havai em 2018. No domingo, 15, ele se aproximou de um campo de golfe com o objetivo, segundo o FBI, de atirar no candidato a presidente dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, Donald Trump. Percebido pelos agentes secretos, que atiraram mas não conseguiram atingi-lo, escapou no seu carro, deixando no local um fuzil AK, duas mochilas, uma mira e uma câmera GoPro.
O americano fugiu do local num Nissan preto, mas teve a placa anotada e, por isso, acabou preso. Ao ser detido, desarmado, demonstrou tranquilidade.
Nas redes sociais, Ryan Routh escreveu que estava disposto a morrer pela Ucrânia, país que tem sido atacado pela Rússia. Em 2016, votou em Donald Trump, que o teria decepcionado como presidente. Chegou a dizer que apoiava Joe Biden para presidente, mas o democrata abriu mão da disputa para apoiar a vice-presidente Kamala Harris.
O FBI apurou que Ryan Routh esteve na Ucrânia, com o objetivo de lutar contra a Rússia, embora não tenha experiência militar. Não se sabe se participou de algum combate.
Quando o “New York Times” entrevistou americanos que lutam ou lutaram na Ucrânia, Ryan Routh foi ouvido. Ele disse que o Congresso deveria ser pressionado por mais ajuda ao país dirigido por Volodymir Zelensky.
De acordo com a repórter Viviana Mazza, do “Corriere della Sera”, Ryan Routh tentou “recrutar soldados afegãos” para lutar na Espanha. O jornal diz que não se sabe se o americano conseguiu recrutar e levar soldados para lutar pelo país de Gógol.
Numa rede social, Ryan Routh contou que havia pedido a Elon Musk que lhe vendesse “um míssil para ‘montar uma ogiva com o objetivo de utilizá-lo contra o bunker de Putin no Mar Negro e eliminá-lo definitivamente’”.
Não se tem informação de como Ryan Routh ficou sabendo que Donald Trump iria jogar golfe em West Palm Beach no domingo. A equipe do presidente, até por precaução, não informou à imprensa. Ele estaria seguindo o presidente? É a hipótese que está sendo levada em consideração.
Ryan Routh tem uma filha e um filho. Oren Routh, o filho, disse que seu pai “é uma pessoa amável e um trabalhador honesto. O homem que conheço não faria nada louco ou violento. Não sei o que se passou na Flórida”.
Oren Routh afirma que o pai “odeia” Trump — “como qualquer pessoa sensata”. Ryan Routh apresenta-se como defensor de um país “democrático e livre”.
Ryan Routh já foi detido pela polícia dos Estados Unidos oito vezes. Numa delas, na Carolina do Norte, estava com uma metralhadora.