Grupo Jaime Câmara contrata ex-diretor da Abril e planeja aumentar faturamento nacional
26 março 2014 às 16h31
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Ex-diretor da Grupo Brasil, Paulo Ricardo Caragelasco é o novo diretor financeiro do Grupo Jaime Câmara. O presidente do GJC, Cristiano Câmara, decidiu mudar, aos poucos, os principais executivos da empresa. Antes, havia contratado Maurício Duarte para o cargo de vice-presidente.
Cristiano Câmara tem sugerido, nas reuniões com os executivos, que seu objetivo é melhorar e agregar os produtos do GJC e aumentar o faturamento. Com a internet, hoje mal explorada pelos veículos do grupo, acredita-se, entre os dirigentes, que o “Pop”, sobretudo — a TV Anhanguera tem caráter mais restrito, até pelo tempo curto que tem na programação da TV Globo —, pode-se tornar um jornal nacional. No momento, com o acesso fechado, não é um jornal regional (do Centro-Oeste) e nem mesmo estadual, porque onde não chega como impresso, e não chega em vários lugares — ou, quando chega, o número de exemplares é muito pequeno —, não existe.
Há a possibilidade de se aumentar o faturamento a partir de uma cobertura mais, digamos, nacional? É possível, mas não é fácil, pois o mercado é altamente competitivo. Hoje, o jornal é visto como provinciano. Uma das características de um jornal provinciano, ou interiorano, é não ter quadro próprio de articulistas. Quem abre o “Pop” fica com a impressão de que é uma sucursal dos jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo. Seus principais articulistas, e não são exclusivos — as colunas são distribuídas para jornais do país —, são Elio Gaspari (“Folha de S. Paulo”), Dora Kramer (“O Estado de S. Paulo”) e Miriam Leitão (“O Globo”). O suplemento “Magazine” está cada dia mais ocupado por textos das agências. Não raro, um texto que saiu no “Estadão” no sábado é publicado no “Pop” na segunda-feira.
Aos que perguntam se vai mudar quadros na redação, Cristiano Câmara diz que, por enquanto, não. Ele tem reafirmado que tem apreço pela editora-chefe, Cileide Alves. O grupo pretende valorizar repórteres que se dedicarem de maneira mais efetiva às atividades do jornal. Profissionais que usam a empresa como uma espécie de “bicolândia”, trabalhando em dois ou três lugares, aos poucos serão substituídos por jornalistas “full time”.