A revista britânica “The Economist” sugere, na reportagem “Bombardeio do Irã pode dar a Israel a justificativa de que Netanyahu precisava para atacar Teerã” (traduzida pelo “Estadão” e publicada na quarta-feira, 2), que o país do aiatolá Ali Khamenei pode ter caído numa armadilha.

“É até possível que o assassinato de Hasan Nasrallah, líder do Hezbollah, junto com um general iraniano sênior, em Beirute, em 27 de setembro, tenha sido projetado para provar o Irã, atraindo-o para uma armadilha estratégica. O ataque iraniano, eles [membros do establishment político e de segurança de Israel] argumentam, dá a Israel a justificativa para lidar com a ameaça nuclear do Irã”, relata “Economist’.

Numa espécie de ataque tanto de “ameaça” quanto “dissuasão”, o Irã despejou mísseis em Israel na terça-feira, 1º. “Economist” sugere que o Oriente Médio está às portas de uma “guerra regional completa”. Ao ser atacado, Israel pode ter ganhado motivação para bombardear as instalações nucleares de seu maior inimigo no Oriente Médio. A revista postula que o país governador por Netanyahu planeja tal ataque há duas décadas.

“Economist” observa que o Irã falhou em duas frentes. Primeiro, a resistência dos grupos que financia não foi suficiente para conter Israel, tanto em Gaza quanto no Líbano. O Hamas e o Hezbollah demostraram mais fraqueza do que força. O Hezbollah perdeu seus principais líderes em pouquíssimo tempo. Segundo, o Irã atacou Israel, mas sem fazer os estragos feitos em Gaza e no Líbano. Já Israel mostrou força e uma poderosa inteligência nos seus múltiplos ataques ao Hezbollah.