O Jornal Opção vai completar 50 anos — meio século — em 22 de dezembro de 2025. Num país em que as pequenas empresas morrem cedo, com menos de cinco anos de vida, não é pouca coisa. A publicação resulta da resistência de duas figuras-chaves. Primeiro, Herbert de Moraes — o fundador. Segundo, Patrícia Moraes — principal responsável pelas mudanças qualitativas do veículo nos últimos anos (criou, por exemplo, dois “filhos”: o Jornal Opção Tocantins e o Jornal Opção Entorno). É empresária — gestora eficiente, exigente e criativa — e, ao mesmo tempo, jornalista (poucas vezes vi uma profissional tão atenta aos fatos, às novidades, aos furos de reportagem).

Inspirado no jornal “Opinião”, que combatia a ditadura com artigos-mísseis, o Jornal Opção firmou-se como um jornal que, além do registro factual preciso, sempre foi além do apontamento quase “datilográfico”.

O jornalismo de opinião do Jornal Opção é respeitado tanto em Goiás quanto no país e até no exterior (o acesso em várias nações, como Estados Unidos, Portugal, Alemanha, Espanha e Inglaterra, é cada vez mais elevado). Quando se quer apenas “fatos” — sem conexões analíticas —, o leitor pode encontrá-los em quaisquer publicações.

Porém, quando quer — e precisa — de análises bem-elaboradas, com base no conhecimento preciso dos bastidores e na lógica, a preferência do leitor recai no Jornal Opção.

Costumo dizer aos colegas que nenhum jornal se torna forte e poderoso por causa de uma única pessoa — até porque somos todos mortais e a publicação tem de continuar. Apesar da relevância individual de cada um, o que importa mesmo é o trabalho de equipe, do conjunto.

A equipe do Jornal Opção não é tão grande quanto a de “O Popular”, o longevo jornal da família Câmara — criado em 1938 por figuras emblemáticas, os irmãos nordestinos Joaquim Câmara e Jaime Câmara. Mas é eficiente e bem coordenada pelos talentosos editores Italo Wolff, Ton Paulo, Bonny Fonseca e Brenno Sarques. Todos são jovens, mas são editores competentes e criativos. Cientes de que editor é cargo, e não profissão, escrevem reportagens e assinam artigos de qualidade.

A equipe é composta ao todo por nove repórteres: Bárbara Noleto, Cilas Gontijo, Fabrício Vera, Giovanna Campos, Júnior Kamenach, Leoiran, Nielton Santos, Pedro Moura e Raphael Bezerra. Eu e Patrícia Morais, os decanos, acompanhamos a operação da redação — formulando, orientando e, também, escrevendo. Na equipe de apoio temos Andréia Rocha (diretora administrativa), Marco Túlio (motorista), Vilma Barbosa (secretária. A gente pergunta: “Vilma, você tem o telefone do Papa?”, e ela responde: “Até da secretária dele”) e Selma (funcionária). Os quatro últimos são importantíssimos, pois zelam por todos nós. O Jornal Opção Entorno conta com Cynthia Pastor (a editora), Luciana Amaral, Aline Cândida, Paulo Henrique Magdalena, Hellen Lopes e Paula Costa (entre contratados e freelas). Fazem parte da equipe do Jornal Opção Tocantins os jornalistas Dock Júnior (editor) , Elâine Jardim e Fenelon Milhomem.

Pois, mesmo com uma equipe pequena, o Jornal Opção, de acordo com o Google Analytics, supera “O Popular”, em termos de acesso. Em março deste ano, o Jornal Opção conquistou 8,2 milhões de acessos. O concorrente — com uma estrutura muito maior e cara — obteve 7,5 milhões. É como se, no mundo jornalístico e não o dos guerreiros, os 300 de Esparta estivessem vencendo um exército muito mais poderoso.

Na internet, com sua estrutura relativamente barata para os jornais, o céu é o limite. A tendência é que, com o tempo — com alguns ajustes —, a audiência do Jornal Opção supere os 10 milhões de acessos por mês. Nosso objetivo (e desafio) não é exatamente superar “O Popular” — o que já conseguimos —, e sim fazer um jornal cada vez mais bem-feito, respeitado e útil para a sociedade. Não à toa nossas reportagens e entrevistas já foram citadas em livros de história — como os de Elio Gaspari e Luiz Maklouf sobre a ditadura — e, pela qualidade do texto, até em livros de gramática.