A rede social e o filósofo se excederam? É possível. Há sempre o risco de se excluir aquilo de que não se gosta. Mas o guru de Bolsonaro costuma ser excessivo na crítica

Olavo de Carvalho, filósofo | Foto: Reprodução

O Facebook suspendeu a conta do filósofo Olavo de Carvalho — guru da família Bolsonaro e do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo (na Corte de Brasília há quem o chame de “Divino Mestre”, em tom religioso) — por sete dias. A rede social alega que o pensador, que mora na Virginia, nos Estados Unidos, descumpriu suas regras ao propagar discurso do ódio. Também estaria praticando “bullying”.

Olavo de Carvalho tem 589 mil seguidores no Facebook. Resta-lhe agora o Telegram, no qual é seguido por 71 mil pessoas.

O Twitter reduziu o alcance do perfil do filósofo, por não aceitar suas postagens negacionistas a respeito da gravidade da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Pode-se falar em excesso tanto de Olavo de Carvalho quanto do Facebook? É possível. Há sempre o risco de exercer censura a respeito daquilo de que se discorda. Mas não há nenhuma dúvida de Olavo de Carvalho e seus epígonos excedem (os palavrões são impublicáveis). Mas seus críticos, repetindo-o, quase sempre também são excessivos.