A repórter da TV Globo, ao cobrir a tragédia de Paris, admitiu cansaço, sem nossos risinhos costumeiros

Ilze Scamparini 4095616_x720

O homem às vezes comporta-se como as máquinas que cria para facilitar sua vida. Mas o homem não é uma máquina e é falível. Ao reportar a tragédia de Paris, apresentando informações de maneira irrepreensível, Ilze Scamparini não parecia mas estava “cansada”. Quando o apresentador William Bonner pediu que desse suas impressões da Paris pós-ações terroristas, uma espécie de registro do cotidiano, a repórter quase desabou e pediu desculpas por não estar em sua melhor forma. É provável que o estresse seja físico, mas também resultante do que viu e sentiu nas ruas e nas conversas com os franceses. Repórteres são frios, não raro assépticos, mas não são pedras, por isso se comovem, ficam abatidos. Parece ser o caso.

Procede que, de vez em quando, Ilze Scamparini demonstra certo enfado com as coisas do mundo, com as repetições e os eternos retornos da vida. Por quê? Porque é humana como nós e não tem um “mandato” para ser feliz, e demonstrar que é feliz, mesmo quando não se está alegre, todos os dias e em todas as oportunidades. Ela não estava em boa forma e todos nós, de alguma maneira, não estamos, ante os acontecimentos de Mariana e da França.

O riso é uma espécie de “ponto” — quase o final — com o qual concluímos nossas falas. Ilze Scamparini é por demais fleumática e destoa da “febre simpática” que acometeu os jornalistas da TV Globo.

Assista ao vídeo aqui.