Editora Todavia vai publicar “O Romance de Formação”, de Franco Moretti, um dos mais importantes críticos da atualidade

Alexander Hamilton: primeiro secretário do Tesouro dos Estados Unidos | Foto: Reprodução

As editoras brasileiras vão lançar biografias de personalidades locais e internacionais em 2020. “Alexander Hamilton”, do historiador Ron Chernow, é o destaque da Intrínseca. Tem mais de 800 páginas na edição em inglês.

Franco Moretti: crítico literário italiano | Foto: Reprodução

Morto em duelo – por Aaron Burr –, Alexander Hamilton, primeiro secretário do Tesouro dos Estados Unidos e tido como competente e criativo, viveu apenas 49 anos. A Constituição americana deve muito às suas ideias. Era federalista.

Cartola: um dos maiores compositores brasileiros | Foto: Reprodução

Lançamentos da Todavia para 2020: “O Homem Que Aprendeu o Brasil – A Vida de Paulo Rónai”, de Ana Cecilia Impellizieri Martins; “Biografia de Millôr Fernandes” (o título deve ser outro), de Paulo Roberto Pires; “Cartola – Biografia”, de Luiz Fernando Viana, e “João Cabral de Melo Neto — Biografia” (o título deve ser outro), de Ivan Marques.

Fora do campo biográfico, a editora vai publicar um livro imperdível – “O Romance de Formação” (tradução de Natasha Belfort Palmeira), de Franco Moretti.

Millôr Fernandes: o brasileiro que transformou o humor em filosofia | Foto: Reprodução

Paulo Rónai, húngaro de nascimento, veio para o Brasil para se salvar dos nazistas. Aprendeu o português de Portugal e, depois, se encantou com o português brasileiro. Entre nós, traduziu Balzac, escritores húngaros e estudou a fundo a literatura patropi, escrevendo ensaios de qualidade sobre, por exemplo, Guimarães Rosa. Rónai e Otto Maria Carpeaux trouxeram uma “civilização” para o país de Machado de Assis e se apaixonaram pelas coisas dos alegres trópicos – que, a rigor, são tristes tão-somente no título do livro de Lévi-Strauss.

Paulo Rónai: o intelectual húngaro que descobriu o e se descobriu no Brasil | Foto: Reprodução

Millôr Fernandes reinventou o humor no Brasil – dando-lhe uma coloração para além do trivial e do circunstancial. Integra-se, por assim dizer, à estirpe dos humoristas-filósofos. De quebra, sabia desenhar, com um traço conectado às ideias que expunha, quase sempre de maneira brilhante, nas revistas “O Cruzeiro” e “Veja” e em jornais, como o “Jornal do Brasil”. Era autor de frases impagáveis, como “não se deve ampliar a voz dos idiotas”.

Cartola é um dos maiores compositores brasileiros – e cantava bem. Trata-se de um fenômeno que carece de explicação, de informações concentradas. Felizmente, está em boas mãos. Porque Luiz Fernando Viana é um dos jornalistas patropis que mais entendem de música. Além de pesquisador criterioso, escreve com clareza e objetividade.

Ivan Marques é professor de Literatura Brasileira da USP e é especialista na obra e, agora, na vida de João Cabral. Ele vai revelar que o poeta pernambucano foi internado, na década de 1940, num hospital psiquiátrico. E vai evidenciar que obra e vida do bardo são “distintas”.

As editoras não informam a data certa dos lançamentos, só que os livros devem sair este ano. A de João Cabral deve sair no primeiro semestre.