O biógrafo exemplar de Luís Carlos Prestes vai apresentar texto nuançado sobre o senador goiano Totó Caiado
O biógrafo exemplar de Luís Carlos Prestes vai apresentar texto nuançado sobre o senador goiano Totó Caiado

O brilhante historiador austríaco Raul Hilberg, autor de “A Des­truição dos Judeus Europeus” — que deve ser publicado em português este ano, pela Amarilys — estranhou, na sua chegada aos Estados Unidos, o excesso contencioso jurídico dos americanos. No Brasil não é diferente. O Jornal Opção (a coluna Imprensa), recentemente, contribuiu para evitar mais um processo. Na biografia “Luís Carlos Prestes — Um Re­vo­lucionário Entre Dois Mundos” (Companhia das Letras, 576 páginas), o historiador Daniel Aarão Reis, doutor em história e professor da Universidade Federal Flu­minense, baseado num documento de Bertoldo Klinger, apresenta o falecido senador Totó Caiado como “ladrão” e “pilhador”.

O Jornal Opção apontou o problema, a falta de nuance histórica, e Daniel Aarão, admitindo que o jornal havia sido ponderado, decidiu conversar com os advogados do senador eleito Ronaldo Caiado. No lugar de uma ação judicial, que seria danosa para uma obra magnífica, o historiador e o deputado chegaram a um acordo. A próxima edição do livro vai contemplar uma versão nuançada. Afinal, não há prova cabal de que Totó Caiado tenha sido “ladravaz”.