Daniel Aarão vai apresentar versão nuançada sobre Totó Caiado na próxima edição de biografia de Prestes

02 janeiro 2015 às 19h14

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O brilhante historiador austríaco Raul Hilberg, autor de “A Destruição dos Judeus Europeus” — que deve ser publicado em português este ano, pela Amarilys — estranhou, na sua chegada aos Estados Unidos, o excesso contencioso jurídico dos americanos. No Brasil não é diferente. O Jornal Opção (a coluna Imprensa), recentemente, contribuiu para evitar mais um processo. Na biografia “Luís Carlos Prestes — Um Revolucionário Entre Dois Mundos” (Companhia das Letras, 576 páginas), o historiador Daniel Aarão Reis, doutor em história e professor da Universidade Federal Fluminense, baseado num documento de Bertoldo Klinger, apresenta o falecido senador Totó Caiado como “ladrão” e “pilhador”.
O Jornal Opção apontou o problema, a falta de nuance histórica, e Daniel Aarão, admitindo que o jornal havia sido ponderado, decidiu conversar com os advogados do senador eleito Ronaldo Caiado. No lugar de uma ação judicial, que seria danosa para uma obra magnífica, o historiador e o deputado chegaram a um acordo. A próxima edição do livro vai contemplar uma versão nuançada. Afinal, não há prova cabal de que Totó Caiado tenha sido “ladravaz”.