Regina Modesti Hang teria sido cobaia num hospital da Prevent Senior? Chargista sugere que sim, e é processado por Luciano Hang

O dono das Lojas Havan, Luciano Hang, processou o cartunista e ilustrador Nando Motta (Fernando Rosário) por causa de uma charge.

Na charge, Nando Motta coloca “personagens” de filmes de terror e violência — o maníaco Jason, o personal killer Hannibal, o palhaço Pennywise e o boneco Chucky — “condenando” Luciano Hang, que teria sido “negligente” com a mãe, Regina Modesti Hang, que, tendo adquirido Covid-19, morreu numa unidade hospitalar da Prevent Senior, em São Paulo. Ela teria sido cobaia (teria usado medicamentos que não combatem, com eficácia, o vírus), com sua anuência (o que, a rigor, não está suficientemente provado). Jason diz: “Dizem que deixou a mãe ser cobaia”. Hannibal pontua: “Fraudou a causa da morte dela”. O Coringa espanta-se: “Que horror”. Chuchy não destoa: “Monstro”.

Na charge, no momento em é criticado pela turma dos horrores, Luciano Hang passa, todo pimpão, como se não estivessem se referindo a ele.

Na CPI da Covid, no Senado, Luciano Hang admitiu que tomou conhecimento de que o hospital, no atestado de óbito de sua mãe, não fez menção à Covid.

Luciano Hang, na ação judicial, cobra 50 mil reais de indenização e pede à Justiça que retire a charge do ar. O empresário postula que as informações da charge de Nando Motta não são verdadeiras e estariam “manchando” a sua imagem.

O processo corre no Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

A charge, a rigor, é danosa para Luciano Hang? Talvez não seja e é provável que sua exclusão será, se autorizada pela Justiça, um atentado à liberdade de expressão. A charge talvez seja considerada como “espírito jocoso”, e, portanto, não um atentado à imagem do empresário. Mas, claro, é um direito dele, sentindo-se ofendido, recorrer à Justiça.

Nacionalista patropi ou colonizado pelo Tim Sam?

Uma curiosidade nada curiosa sobre Luciano Hang. O empresário se diz nacionalista, veste um terno com as cores da bandeira brasileira, mas sua empresa, a Havan, usa como principal símbolo a Estátua da Liberdade, que, obviamente, é um símbolo dos Estados Unidos. Portanto, mais colonizado, impossível.