Batalha de Oloares Ferreira e Jorge Kajuru não terá vencedores. Pacificá-los é civilizatório
11 março 2017 às 08h21
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O âncora do “Balanço Geral” tem uma história profissional irrepreensível, assim como o jornalista esportivo e agora vereador por Goiânia
O jornalista Oloares Ferreira trabalhou no Jornal Opção e há alguns anos é âncora do programa “Balanço Geral”, da TV Record. Aqui e lá, mostrou-se um profissional de conduta ética irrepreensível, além de ser apaixonado pela profissão.
Jorge Kajuru, agora vereador em Goiânia pelo PRP, é outro profissional de trajetória respeitável. Não há dúvida de que se trata de um dos jornalistas esportivos mais brilhantes do país. Poucos entendem tanto de futebol quanto ele e, ao mesmo tempo, é altamente posicionado e crítico. Nada teme.
Não se sabe por qual motivo, Jorge Kajuru, de repente, tem divulgado críticas pesadas a Oloares Ferreira. Uma delas no campo pessoal, que, todos sabem — talvez não Jorge Kajuru, que pode estar sendo induzido a erro por algum colega —, não procede. A sexualidade alheia é um terreno inteiramente pessoal, assunto de cunho pessoal e que, portanto, merece ficar no campo privado. Nós, jornalistas, até podemos ter preconceitos, mas não devemos usar os meios de comunicação para reforçá-los.
Sentindo-se agredido, Oloares Ferreira registrou uma ocorrência contra Jorge Kajuru na polícia — o que resultará em mais um processo criminal.
Fica a sugestão de que os dois profissionais se encontrem, apresentem suas críticas um ao outro e, por fim, entrem num acordo. O recurso à polícia e a Justiça, por parte de Oloares Ferreira, é lícito e legítimo, porque se sente agredido, e a partir de uma história não verdadeira. Jorge Kajuru, sempre decente, se obtiver informações corretas, certamente declinará de manter as críticas. Ele tem espírito de autocrítica e, ao contrário do que muitos pensam, não é intransigente. É crítico, às vezes até exagera, sem ser patrulheiro ideológico e de comportamento.