Band leva calote de 5 milhões com a Fórmula Verstappen, ex-Fórmula 1
11 agosto 2024 às 00h00
COMPARTILHAR
A Fórmula 1 ficou chata. Porque não há mais disputa pelo título, e sim pelo vice-campeonato. Durante anos, sem concorrente à altura, reinou o piloto britânico Lewis Hamilton — que, notável, parece ter perdido a garra, a vontade de vencer a qualquer custo. Parece que deixou de ser Ayrton Senna e se tornou Rubinho Barrichello. Agora, reina, também sem concorrência, o holandês Max Verstappen.
O britânico Lando Norris tem feito boas corridas, mas não parece capaz de superar Max Verstappen, e torço para que consiga, para motivar a Fórmula 1 — que deveria se chamar Fórmula Verstappen.
A luta de Lando Norris parece menos para ultrapassar Verstappen, e sim para não ser superado pelo terceiro colocado, o monegasco Charles Leclerc. Aos 24 anos, é um menino. Seu presente tem a ver com vice-campeonato. O futuro, se continuar competitivo, sugere que será um grande campeão.
A Fórmula V — de Verstappen — passou a ser transmitida pela Band. Se falta a chancela da Globo, que tem mais audiência, ao menos há mais informações sobre os pilotos, carros e corridas.
A Fórmula 1 — ops, Fórmula V — rende dinheiro para seus organizadores e para as redes de televisão que a transmitem. Mas a Band, se realmente levou rasteira de um dos patrocinadores, a TF Capital Gestão de Negócios Holding Ltda., teria sido lesada em 5 milhões de reais. Aliás, nem é muito dinheiro — considerando as fortunas que as escuderias e provas movimentam.
De acordo com a ação judicial movida pela Band, na 2ª Vara Cível do Foro de Osasco, uma casa de apostas não pagou todas as cotas dos anúncios de 2023. O calote, anunciado pela Band, é de 5 milhões de reais.
Os advogados da Band sugerem que os donos da casa de aposta parecem fantasmas, pois, no endereço fornecido à Receita Federal, nenhum deles pode ser encontrado. O site F5 procurou a direção da TF Capital, mas não conseguiu nenhuma resposta.
Como uma empresa tão experimentada quanto a Band, com décadas de mercado, caiu na esparrela de uma empresa que parece saída do mundo mágico de “Cem Anos de Solidão”, de García Márquez, não se sabe.
Por isso se entende que, se temos alguns escritores adictos do realismo mágico, como José J. Veiga, não temos figuras expressivas do surrealismo na prosa patropi. O Brasil é surrealista por inteiro.