A direção política de um meio de comunicação é dada muito mais pelos proprietários do que pelos editores

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Diogo Mainardi e André Petry: os dois, jornalista e escritor, sabem que quem manda na linha política da revista Veja são os proprietários | Foto: Reprodução

Há pelo menos 48 anos que adversários anunciam a morte da “Veja”. Com ou sem crise, a revista continua viva. O novo sr. do apocalipse é Diogo Mainardi, ex-colunista da publicação da Editora Abril, ancorado no blog O Antagonista. Ele frisa que a indicação de André Petry para o cargo de diretor de redação significa que o PT assumiu o comando da revista. Para as redes sociais, a crítica é perfeita e os usuários compartilham sem verificar sua veracidade. Só que é falsa. “Veja” não está à beira da extinção. O PT não assume a chefia da revista com a ascensão de Petry. A mudança da linha editorial — sobretudo em termos políticos — de uma revista é feita pelos proprietários, não pelo editor. Petry é um jornalista brilhante, ponderado e equilibrado. Pode contribuir para melhorar a imagem da revista, com a exposição do contraditório de maneira mais ampla e precisa.