Ao falar de golpe de Estado, revista Veja expurga a palavra mesa e cria o neologismo “messa”
15 março 2024 às 18h49
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A “Veja” já foi considerada uma das revistas mais bem-escritas do país. Continua bem-escrita, com reportagens relevantes e frequentes furos de reportagem. Com quase 60 anos, é uma publicação que conta (mantenho minha assinatura da edição impressa há décadas e não pretendo cancelá-la).
Entretanto, na sexta-feira, 15, na reportagem “Golpe não aconteceu porque Freire Gome não aceitou, diz Baptista Jr.”, há um erro, crasso, no subtítulo (ou olho). Confira por si: “Segundo ex-chefe da FAB, se comandante do Exército tivesse topado, virada de messa ‘possivelmente teria ocorrido”.
Não é a irmã do Messi
Como não é a irmã do Messi, “messa” quer dizer, na verdade, mesa.
O ex-comandante da Aeronáutica era Carlos Almeida Baptista Júnior e o ex-comandante do Exército era Marco Antônio Freire Gomes, dois democratas que, unidos, impediram o golpe de Estado planejado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e um grupo de generais e coronéis.