No texto “O homem e o sonho” (“Diário da Manhã”, de sexta-feira, 5), o repórter Ulisses Aesse “informa” que Charles Darwin era “mujique”.

Mujique era o camponês russo, extremamente pobre e em geral analfabeto. O britânico Charles Darwin, pai (ou um dos pais) da teoria da evolução, não era, evidentemente, mujique. Difícil, talvez impossível, entender porque o jornalista chamou o cientista de “mujique”. Teria a ver com a barba? Se tiver, Liev Tolstói e Ivan Turguêniev, dois grandes escritores russos do século 19, também eram mujiques, pois eram barbudos.