André Petry e Carlos Graieb: uma nova “Veja”, aos poucos, mas mantendo a defesa da livre iniciativa
André Petry e Carlos Graieb: uma nova “Veja”, aos poucos, mas mantendo a defesa da livre iniciativa

A “Veja” continuará uma publicação liberal, mas a qualidade das reportagens, a partir da remontagem ou rearticulação da equipe, tende a melhorá-la. O diretor de redação André Petry — jornalista-jornalista e não jornalista-ideólogo — é preocupado com a elegância (mas não pomposidade) do texto e com uma sistema rígido de apuração das informações. É provável que, daqui a alguns meses, a revista comece a publicar reportagens mais densas e bem escritas sobre o país. Não será uma mudança radical, pois o produto atual não é ruim, mas os leitores mais atentos perceberão que o texto será mais refinado e, daí, prazeroso.

Uma das primeiras ações de André Petry foi sacar Carlos Graieb da “Veja” online, na qual era diretor de redação, para o cargo de redator-chefe da “Veja” impressa. Como o chefe da redação, Carlos Graieb é dono de um dos melhores textos da revista. Seu texto é literário e jornalístico. Não é, porém, literatura e jornalismo de segunda categoria. É literatura a serviço do bom jornalismo.

Victor Civita Neto e Gian­car­lo Civita, que assumiram o controle da “Veja” (e da Editora Abril), depois da morte do pai, Roberto Civita, mostram que entendem de jornalismo. Ao indicar André Petry, que bancou Carlos Graieb, os empresários sugerem que entendem do riscado
Os “antagonistas” Mario Sabino e Diogo Mainardi não gostam de André Petry, dada sua moderação posicionada, e por isso seu comando.