Uma das coisas que nenhum estrangeiro que olhe as pesquisas no País e observe a busca de uma terceira via eleitoral, além de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) é por que André Janones (Avante-MG) parece invisível para a mídia.

Mesmo estando sempre com algo em torno de 2% nas pesquisas eleitorais, nunca foi considerado um candidato “sério” pela imprensa. Nem mesmo tendo a segunda maior estrutura de rede social entre todos os postulantes – 8 milhões de seguidores apenas no Facebook, onde só perde para Bolsonaro – e sendo um dos principais políticos interlocutores com uma classe como os caminhoneiros.

Janones também se sentiu ignorado ou desprezado pela maioria dos concorrentes, que não o procuraram para costurar alguma aliança, mesmo que alguns estivessem atrás dele nas pesquisas.

A exceção que o procurou? Lula, que, depois de conversações, o incentivou a continuar candidato, caso deseje, colocando a si mesmo como exemplo de que a insistência pode levar ao sucesso.

Para Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT) e Bolsonaro restaram queixas. E provavelmente Janones estará ao lado do petista, talvez ainda no primeiro turno.