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A Amazon (www.amazon.com.br), maior livraria virtual do mundo, está no Brasil desde quinta-feira, 21, oferecendo, além de mais de 2 milhões de e-books, 150 mil livros impressos de 2.100 editoras brasileiras. “É o maior catálogo de livros em português no país”, afirma o gerente geral do grupo no Brasil, Alex Szapiro.

Não resta dúvida de que a Amazon facilita a vida dos leitores e deve contribuir para melhorar os serviços das livrarias (e até das editoras) brasileiras. A concorrência é um incentivo à melhoria do atendimento do leitor. A Fnac de Goiânia, para ficar num exemplo, trata o leitor como se não existisse. Recentemente, comprei uma biografia do Frei Tito pela Livraria Cultura (a melhor do país no atendimento virtual) e o livro demorou mais de um mês para chegar. As livrarias físicas de Goiânia, como Saraiva, Fnac e Nobel, já estavam vendendo a obra.

Mas, se beneficia os leitores, com preços mais baixos, a Amazon joga pesado e contribui para o fechamento de livrarias físicas e provoca crise até em grandes editoras, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. Há uma briga sem quartel entre a livraria e a Editora Hachette, que não aceita vender segundo seus preços. Autores como os best selleres John Grisham e Stephen King — e mais 900 escritores — ficaram ao lado da editora
As editoras Record, Companhia das Letras e Novo Conceito saudaram a chegada da Amazon. Mal sabem o que está prestes a acontecer. A livraria vai promover, a médio prazo, uma verdadeira guerra com livrarias e editoras. Jeff Bezos, o chefão da Amazon, joga pesado, especialmente quando se sente fortalecido localmente.

Dá para controlar a Amazon? Não dá. Os Estados Unidos não deram conta. França e Alemanha tentam mantê-la sob controle. Mas sua relação forte com o leitor, com a política de preços mais baixos, é praticamente invencível.