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A revista “Veja” publica, na edição que vai para as bancas no sábado — em Goiânia, no domingo, 7 —, uma reportagem exclusiva sobre o ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobrás Paulo Roberto Costa, parceiro do doleira Alberto Youssef num poderoso esquema de lavagem de dinheiro. “O delator fala” é o título da revista. Aceitando o recurso da delação premiada, Costa decidiu contar tudo — ou quase. É provável que tenha revelado o esquema mafioso para “sobreviver”. Certamente não quer ser um novo Celso Daniel.

Nas 42 horas de gravações — que não terminaram —, Costa contou à Polícia Federal que “três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais embolsaram ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da” Petrobrás, revela a revista.

Costa disse à PF, segundo relato da “Veja”, “que as empreiteiras contratadas pela companhia tinham, obrigatoriamente, que contribuir para um caixa paralelo cujo destino final eram partidos e políticos de diferentes partidos da base aliada do governo”.

Ele sugeriu que suas declarações podem impedir a eleição deste ano. É um exagero. Mas possivelmente alguns políticos devem retirar suas candidaturas, pois, se não o fizeram, correm o risco de serem derrotados nas urnas.

Nas gravações, Costa lista políticos do PT, do PP e do PMDB envolvidos no esquema.