10 países mais felizes do mundo, segundo a ONU. Por que índice de suicídios é tão alto nestas nações?

21 maio 2015 às 12h03
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O Brasil é listado como o 16º país mais feliz do mundo
1 — Suíça
2 — Islândia
3 — Dinamarca
4 — Noruega
5 — Canadá
6 — Finlândia
7 — Holanda
8 — Suécia
9 — Nova Zelândia
10 — Austrália
Quantificar níveis de felicidade é possível? Pesquisas, das mais exaustivas, conseguem entender questões tão subjetivas — como felicidade — tornando-as objetivas? A Organização das Nações Unidas avalia que sim. A Rede de Desenvolvimento para Soluções Sustentáveis (SDSN) da ONU divulgou o ranking dos países mais felizes do mundo — com a Suíça em primeiro lugar. O Brasil, país decantado como pátria da felicidade, inclusive por compositores e cantores, é o 16º — posição considerada positiva. O Togo ocupa a última colocação (158ª colocação).
Segundo a revista “Veja”, “o ranking foi elaborado através da análise do PIB per capita, expectativa de vida, liberdade, generosidade e ausência de corrupção — em geral somada à violência e às mortes”.
Num texto publicado no final de abril, a BBC, indo além do que divulgou a “Veja”, apontou que “países em que as pessoas se sentem mais felizes tendem a apresentar índices mais alto de suicídio, segundo pesquisadores britânicos e americanos”. Especialistas dizem, segundo a BBC, “que a explicação para o fenômeno estaria na tendência dos seres humanos de se comparar uns aos outros. Sentir-se infeliz em um ambiente onde a maioria das pessoas se sente feliz aumenta a sensação de infelicidade e a probabilidade de que a pessoa infeliz recorra ao suicídio”.
O índice de suicídio é alto no Canadá, Estados Unidos, Islândia, Irlanda e Suíça. No Japão e em Cuba, não citados pela BBC, o índice suicídio também é alto.
A pesquisa da ONU e o estudo divulgado pela BBC — da University of Warwick, da Inglaterra, do Hamilton College, de Nova York, e do Federal Reserve Bank, da Califórnia, publicado no “Journal of Economic Behavior & Organization” — são, evidentemente, sérios. Mas certamente serão criticados acidamente por cientistas de vários países. Conclusões tão abrangentes muitas vezes resultam em compreensões limitadas, às vezes genéricas, do modo de vida real dos povos. A aparente contradição entre alto nível de felicidade e alto índice de suicídio não ganhou uma explicação convincente dos cientistas.