Um mandato que não acaba e o outro que já começou
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14 dezembro 2024 às 16h29
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Sandro Mabel (UB) fii consolidado como futuro prefeito de Goiânia no dia 27 de outubro após o resultado do segundo turno das eleições municipais de 2024. Desde então, Mabel tomou a frente da Prefeitura e o atual prefeito fugiu das suas responsabilidades, sumiu e ainda quis emplacar que estava diuturnamente trabalhando em seu gabinete, mas não.
Desde o dia 28 de outubro Mabel já se adiantava para saber com que ele lidaria de fato nos próximos quatro anos e com isso começou a governar antes mesmo de assumir. Isso não é um demérito, pode até soar presunçoso e desconfortável para ele, mas para a cidade que sofreu com inúmeras crises ao longo dos últimos quatro anos, não é.
Pela primeira vez vemos alguém tomando frente do problema e resolvendo e não, simplesmente falando que “estamos fazendo todo o possível para cuidar da nossa cidade”. Uma pessoa muito próxima a mim, bolsonarista levada pelas falácias e mentiras assistidas nas redes sociais disse, orgulhosa, que votara em Fred Rodrigues (PL), porque tinha medo que Mabel tirasse benefícios da educação.
Findou novembro e os goianienses se deparam com uma crise sem precedentes na saúde municipal e que resultou na prisão do primeiro escalão da Secretaria de Saúde, incluindo o titular da pasta, Wilson Pollara. Posteriormente o caos foi diagnosticado em todas as áreas da Prefeitura. Uma gestão sem nenhuma transparência que violentou os cidadão que mais precisavam e que deixou Goiânia cheia de lixo várias vezes ao longo dos últimos dois anos.
Vendo esse cenário, essa pessoa que votara em Fred Rodrigues se disse arrependida. “Nossa, mas aquele menino não ia dar conta de ser prefeito não, olha o caos que Goiânia está. Podia ter votado no Mabel mesmo”. Essa pessoa mora comigo. Uma mulher evangélica e extremamente conservadora que se arrependeu do seu voto.
Os principais auxiliares de Mabel na comissão de transição, além do próprio prefeito eleito (ou atual, já é difícil dizer), dizem que o primeiro ano de mandato será difícil e que por vezes vai haver um remédio amargo, mas é plausível dado o nível em que Goiânia está sendo deixada.
Se for para não ter mais problemas com a coleta de lixo na minha rua, não tem problema, pagamos a taxa do lixo, mas é sempre bom lembrar que é preciso deixar mecanismos para que, se houver interrupção, por qualquer motivo, esse valor não seja direcionado para outra coisa. Além disso, quem não pode pagar, não deve pagar por um serviço que é básico e essencial para a saúde pública.
Agora é esperar e torcer para que a próxima gestão recupere o orgulho de ser goianiense e de morar em Goiânia, porque esse sentimento está muito ferido.