Com a vitória diante do Tombense na última terça-feira, 27, o Vila Nova chegou a 30 pontos e assumiu a liderança do Campeonato Brasileiro Série B. O entusiasmo da torcida colorada está alto e é perceptível pelas ruas, em conversas com amigos ou familiares.

Não é para menos. O Tigrão já alcançou a mesma pontuação quase em suas campanhas de 2011 e 2014, quando foi rebaixado em ambas as oportunidades com 32 tentos. Neste ano, foram apenas 14 jogos, ou seja, ainda restam cinco para terminar o primeiro turno.

O que a diretoria do Vila Nova não pode permitir é outra decepção para sua machucada torcida, deixando o time fora do G-4 ao final do campeonato como em 2008, 2017 e 2018. Se compararmos esses anos em que o time disputou o acesso à Série A com 2023, este ano é o melhor início da história colorada na segundona.

Em 2008, por exemplo, o Tigrão foi chegar na casa dos 30 pontos somente na 18ª rodada, quando venceu o Brasiliense por 2 a 0. Em 14 jogos naquele ano, o time tinha apenas 20, ou seja, 10 a menos. Nove anos depois, em 2017, o Colorado atingiu a marca apenas na última rodada do primeiro turno, ao bater o Londrina por 1 a 0. Na 14ª rodada, a equipe tinha 23 pontos.

Por último, em 2018, novamente o Vila chegou aos 30 pontos no final do turno, com vitória por 1 a 0 sobre o São Bento. Com 14 jogos, o Tigrão também tinha 23 pontos naquele ano.

Outra estatística favorável ao alvirrubro é que de 11 times que fizeram 30 pontos ou mais em 14 jogos, apenas dois não conquistaram o acesso ao final do campeonato: Criciúma em 2007 e Náutico em 2021. Todos os outros, Corinthians (2008), Coritiba (2010), Portuguesa (2011), Criciúma (2012), Vitória (2012), Chapecoense (2013), Palmeiras (2013), Cruzeiro (2021) e Vasco (2022) subiram para a Série A.

O problema é que, aparentemente, não é apenas gato escaldado que tem medo de água fria; tigre também. Em 2023, o Vila Nova completa 80 anos e nada melhor como presente o acesso à primeira divisão do Campeonato Brasileiro, o maior sonho do colorado.

Os esforços não devem parar, a união entre jogadores, comissão, diretoria e torcida precisam continuar para que, no final do ano, a torcida esqueça as decepções anteriores e pinte a cidade de Goiânia de vermelho. Boa sorte, Tigrão!