Preço do petróleo poderá levar à alta da inflação, e quem paga a conta é o povo
22 setembro 2023 às 17h05
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Nos últimos dias o mundo tem visto aumentos consecutivos no preço do barril de petróleo, que ultrapassou os US$ 90 no início de setembro. Essa disparada no preço da commodity é ocasionada pelo anúncio da Rússia e da Arábia Saudita em manter até o final desse ano a redução de oferta de 1,3 milhão de barris por dia.
O Brasil não está livre de sofrer com esses aumentos, haja vista que o consumo de combustíveis fósseis ainda é predominante no país. Toda essa pressão do preço internacional poderá ocasionar elevação dos preços dos combustíveis no Brasil, mesmo contra a vontade do governo.
Os novos patamares dos valores internacional, tende a se tornar um desafio para a nova prática adotada pela Petrobras em relação aos preços em território nacional. Em maio, a petrolífera decretou o fim da política de preço de paridade de importação.
Com esse novo cenário que se aproxima, é válido ressaltar a dificuldade que o governo terá em manter os índices de inflação baixos, tendo em vista que os altos preços do óleo diesel, por exemplo, têm o poder de levar o país à uma alta da inflação.
Também é correto lembrar que em várias cidades brasileiras está havendo racionamento de diesel desde o mês de agosto quando a Petrobrás reajustou os preços da gasolina e do diesel para cima. A atual conjuntura não é muito boa para um futuro próximo se analisarmos corretamente esse panorama.
Vale destacar que, os preços dos combustíveis têm considerável impacto nos indicadores de inflação. Como no Brasil tudo é transportado por caminhões, que, é claro, usam óleo diesel para se movimentar, as porcentagens desses reajustes sem dúvidas serão repassadas ao consumidor final.
De acordo com especialistas, a tendência é de aumento ainda maior no valor do barril, já que depende de diversos fatores: A temperatura no hemisfério norte é um desses agentes. Se a temperatura cair ainda mais, é certo que teremos novos reajustes. O aumento do consumo chinês é outra condição importante em conjunto com o acréscimo do uso do combustível para a aviação.
Ou seja, tudo isso se torna em um imenso desafio para todos os Bancos Centrais do mundo. Os bens, serviços e principalmente os alimentos, serão duramente castigados com a subida de preço desse item essencial até o momento para a sobrevivência do ser humano. Como sempre acontece, quem paga a conta é o povo e, dessa vez, pelo jeito, não será diferente. Deus nos acuda!
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