Em maio deste ano, correu em sites de cobertura política a informação de que o ex-presidente Jair Bolsonaro ligou para Paulo Guedes para questionar o motivo de, em seu governo, encerrado em 2022, o preço do gás de cozinha não ter baixado. A ligação teria sido feita em tom furioso e motivada pelo fato de seu nêmesis político, Lula da Silva, ter conseguido o que ele não conseguiu: baratear o GLP.  

Ainda segundo os colunistas políticos, Guedes não teria gostado nada da bronca – afinal, ele deixou de ser o ministro da Economia há meses e não deve mais satisfações ao ex-mandatário. Aliás, desde que deixou o Ministério da Economia, Guedes parece ter criado repulsa pela vida pública.  

O economista não demonstra nenhum interesse em voltar para aos holofotes. Ele vive, hoje, discretamente em seu apartamento no Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro. Aparece em um restaurante ali e acolá, sempre em mesas reservadas, no clichê da chamada vida pacata. Em conversas com amigos, o “Posto Ipiranga” de Bolsonaro confessou que pretende voltar à iniciativa privada e está “entusiasmado com planos para o futuro”. 

Não é para menos. Dotado de um currículo atraente e de um carisma nem tanto, Guedes – o Chicago Boy que chegou ao governo Bolsonaro caminhando sobre um tapete de rosas vermelhas jogadas pelo mercado – hoje parece amargar com o ressentimento de parte da população que o apoiou em suas decisões impopulares na Economia e, hoje, é obrigada a ver empresários como Alberto Saraiva, dono do Habib’s e conhecido bolsonarista (agora ex), dizendo que Haddad, seu substituto, “de 0 a 10, é 10”. 

Guedes parece ter entrado na vida pública com a intenção de construir um legado aos moldes de Margaret Thatcher,  mas sai dela como um posto de gasolina que foi descredenciado da rede Ipiranga sem aviso prévio ou ao menos um “obrigado”.  

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