A Organização das Nações Unidas já está exausta em alertar o planeta que o caminho que estamos trilhando é prejudicial e sem volta. Nesta semana, o programa da ONU voltado para o meio ambiente (Pnuma) recorreu a ações políticas para evitar uma crise generalizada no globo. Estão entre elas a crise climática, supressão da natureza e da biodiversidade e poluição. 

A partir desse contexto, cientistas idealizaram um novo método de previsão de possíveis tendências que surpreendem com a velocidade das alterações climáticas. A pesquisa aponta alguns riscos que já estamos tomando e que colocam em perigo a prosperidade a longo prazo. 

As ameaças são, desde o uso indevido da militarização de tecnologias que usam Inteligência Artificial, até o derretimento do pergelissolo, camada do subsolo da crosta terrestre que possui vírus de tempos pré- históricos que podem vir à tona. 

Motivos assim como os já ditos podem, de alguma maneira parecer longes, mas podemos elencar problemas atuais que estão batendo na porta. Segundo um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy Of Sciences o derretimento das calotas polares da Groenlândia e Antártida  empurra um excesso de massa de água para a zona equatorial do globo. 

O acúmulo de massa na borda do planeta faz com que a rotação seja mais lenta, por conta do nível superior de volume naquela região. Os dias quentes e desequilibrados estão sendo mais intensos e maiores. Será o fim? É claro que os mandantes do mundo não leram “Ideias Para Adiar O Fim do Mundo”, de Ailton Krenak, porque essa ocasião se aproxima cada vez mais. 

Neste ano, o Brasil produziu 18,6 milhões de toneladas a menos de grãos comparado a 2023, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LPSA). Isso porque sofremos com eventos ambientais extremos como secas no norte e enchentes no sul. Somos o laboratório vivo das consequências negativas causadas pela irresponsabilidade ambiental. Ao longo do tempo não teremos comida para todos. 

O relatório sobre desmatamento divulgado pelo MapBiomas em maio deste ano revela que o Cerrado superou a Amazônia em bioma destruído. Foi um aumento de 68% o colocando no topo dos mais prejudicados do país. O documento revela que no período analisado o Brasil perdeu 1.829.597 hectares de vegetação nativa. Os pulmões mais sensíveis já não aguentam tempos secos e tempos frios e chuvosos. 

Não existe cuidado nenhum com o nosso ecossistema. Choques de realidade como descobrir que ilhas de lixo existem flutuando no meio dos oceanos materializam, particularmente escrevendo, o quanto passamos do limite. O que vai ser motivo real para aqueles que têm poder e meios de produção nas mãos deixarem de priorizar o lucro selvagem para cuidar do planeta. Bilionários já ensaiam idas para outros planetas que nem vida tem. Até onde vai a insatisfação humana?  

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