A campanha da vice-presidente e candidata à presidência nos Estados Unidos, Kamala Harris, deixou de parecer previsível para se tornar, em poucas semanas, uma das mais dinâmicas e incertas da história. O fato fez com que o Partido Democrata ficasse otimista com a candidatura da representante.

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Caso a popularidade renda a Casa Branca à Kamala, ela se tornaria a primeira mulher a comandar os Estados Unidos, uma das maiores potências do mundo. Não só isso, também seria a segunda pessoa negra na história a ocupar o cargo mais alto do país, que é historicamente racista. 

A média das pesquisas nacionais do FiveThirtyEight, um dos principais sites de análise de pesquisas, aponta a vice-presidente como favorita, com 46,1%, contra seu poderoso rival republicano, o bilionário e ex-presidente Donald Trump, com 43,4%.

Esses números são motivo de entusiasmo para a equipe de Harris, especialmente se levarmos em conta que Biden, antes de se retirar da corrida eleitoral em 21 de julho, tinha o seu partido 3,2 pontos abaixo dos republicanos, segundo a mesma média das sondagens.

Símbolo 

Há apenas cinco anos, Kamala Harris era senadora pela Califórnia e buscava a indicação democrata para as eleições presidenciais de novembro de 2020. Ela também teve uma longa carreira na justiça como procuradora-geral da Califórnia, um dos cargos jurídicos mais importantes do Estado com maior número de habitantes nos Estados Unidos. Aos poucos, ela tem se tornado um símbolo da ascendência das mulheres negras.  

Nascida em Oakland, na Califórnia, filha de mãe indiana e pai jamaicano, ela se envolveu com a cultura negra por incentivo de sua mãe. A diversidade das suas raízes, o papel de mulheres na sua vida, o fato de não ter sido mãe biológica e o seu percurso acadêmico a posicionam como uma candidata considerada de “múltiplas identidades”.