Durante a última semana, uma coalizão liderada pelos Estados Unidos e o Reino Unido iniciou uma ofensiva contra o grupo terrorista dos Houthis, do Iêmen. Até o momento, dezenas de alvos militares foram bombardeados pelo país, incluindo na capital Sanaa. Uma situação que podemos considerar como “consequência pelos atos”. O negociador-chefe dos houthis, do Iêmen, disse nesta segunda-feira, 15, que a posição do grupo não mudou desde os ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos contra suas posições e alertou que os ataques a navios com destino a Israel continuarão.

Durante os últimos meses, os Houthis atacaram cerca de 30 embarcações civis mercantes internacionais no Mar Vermelho. Seja com disparos de mísseis (que eram interceptados pelos americanos) ou com tentativas de sequestrar a tripulação das embarcações. Algo que estava “atrapalhando” o comércio entre diversos países.

Com relações comerciais sendo dificultadas e prejuízos aparecendo, uma hora os países iriam se esgotar dos ataques dos Houthis. Bem, o momento chegou e diversas nações agora se uniram para acabar com o movimento. Basicamente, eles vão aprender uma lição sobre atos terem consequências.

Como amostra do poderio bélico, a coalizão já causou um estrago com 24 aeronaves e nove embarcações militares. Nada perto do que os Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, Holanda e Bahrein ainda podem oferecer.

Só que os Houthis ainda pretendem manter os ataques e já dispararam novamente contra navios que passam pelo Mar Vermelho. No domingo, 14, um caça americano interceptou mais um projetil em águas internacionais. Anteriormente, o grupo e os aliados também prometeram uma “retaliação” pelo bombardeiro.

Lembrando que eles não estão defendendo o território do Iêmen, como sugerem notícias falsas divulgadas nos últimos dias. Os ataques realizados estão sendo feitos em águas internacionais, ou seja, não pertencem a nenhum país específico. Sendo assim, eles são considerados os agressores na histórias e não os defensores.

Outro ponto que precisa ser ressaltado é de eles não representam o governo do Iêmen e são classificados por diversos países como um grupo terrorista. Apoiados e financiados pelo Irã, os Houthis são rebeldes que estão em uma guerra civil desde 2015 no país.

Antes da ofensiva da coalizão, o governo do Iêmen já recebia apoio de diversos países árabes durante a guerra civil, como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.