O levantamento sobre Estatísticas de Gênero divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último dia 8 não deixa dúvidas sobre a desigualdade entre homens e mulheres no Brasil e em Goiás. Elas trabalham e estudam mais, mas recebem menos para ocupar os mesmos cargos que os homens.

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Porém, o que mais surpreendeu foi a expectativa de vida do gênero. As goianas, por exemplo, têm uma média de 60 anos de vida, sendo quase três anos a menos que os homens – o pior desempenho regional do país. Alguns fatores podem contribuir para o dado, como o feminicídio. 

Entre 2028 e 2023, Goiás contabilizou 285 feminicídios. O aumento foi gradual, sendo que em 2018 foram 36 crimes deste tipo e em 2023, 56. Mesmo com o cenário preocupante, a expectativa de vida das mulheres subiu se comparado em 2022 (ano referente a pesquisa) se comparado a 2011.

No ano passado, a expectativa de vida para as mulheres goianas com 60 anos era de 23,1 anos, um aumento de 1,2 anos em relação a 2011. Apesar do progresso, esse valor ainda está abaixo da média nacional de 24,8 anos e da média da região Centro-Oeste (24,1 anos). 

Ou seja, fica claro que Goiás, sem dúvidas, pode ser considerada a terra do agro, mas não das mulheres. O problema, no entanto, não é do estado, mas do país. Basta olhar os dados discrepantes e tirar as próprias opiniões.