Escândalos da gestão Bolsonaro rebaixam o nível da corrupção brasileira
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18 agosto 2023 às 16h09
![Mauro Cid em depoimento no Congresso Nacional | Foto: Secom/Câmara](https://www.jornalopcao.com.br/assets/2023/07/mauro-cid-e-confrontado-pela-coaf.webp)
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Na sombra da ética e da honestidade, a corrupção sempre foi endêmica no Brasil e exemplos de escândalos não faltam para todas as gerações. Seja durante a ditadura militar ou na redemocratização, o brasileiro convive com notícias diárias de desvios de cifras na casa dos milhões e até dos bilhões. Até parece que estamos acostumados e não sentimos mais surpresa quando algum esquema é descoberto.
Só que as recentes notícias envolvendo supostos casos de corrupção no governo de Jair Bolsonaro (PL) conseguiram surpreender um país calejado de falcatruas. Caso os esquemas sejam totalmente provados, um ponto fica confirmado: o amadorismo. Nunca antes na história deste país houve uma série de escândalos de corrupção que fosse tão “pouco profissional”.
Sério, estamos falando de um país que possui uma “reputação” em corrupção. No passado recente, os casos eram extremamente elaborados e cuidadosos para não despertar o interesse das autoridades e da imprensa investigativa. Por exemplo, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, mantinha uma triangulação entre 40 contas diferentes para não ser rastreado, em diversos países, como Suíça, Estados Unidos e Israel.
Algo totalmente diferente do que está sendo noticiado a respeito dos “trapalhões” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Seja na logística amadora da venda bens da União, como joias e relógios, ou em outros escândalos envolvendo uma possível tentativa de golpe de Estado ou fraude no Conecte SUS.
Por exemplo, o sistema de organização da venda de artigos da União é uma piada grosseira. É surreal que o pai do tenente-coronel Mauro Cid, general Mauro Lourena Cid, tenha aparecido no reflexo de uma foto que ele fez para negociar um presente dado a Bolsonaro. Pior ainda é a saga do advogado do ex-presidente, Frederick Wassef, para recuperar um relógio vendido e depois devolvê-lo para a União, sem se preocupar em cobrir os rastros.
Sem contar as presepadas envolvendo a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto. A dupla teria realizado reuniões sobre invadir urnas eletrônicas e sistemas do Judiciário brasileiro em um restaurante fast-food. Fora que não teve nenhum êxito em consegui hackear uma urna eletrônica.
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