Os prefeitos são os administradores públicos, principalmente, dos recursos arrecadados dos contribuintes por meio dos impostos. Gestões que não conseguem equilibrar as receitas com as despesas correntes e que falham na manutenção e ampliação da infraestrutura das suas cidades são mal avaliadas pelos eleitores. Assim, o resultado é o fracasso na tentativa de reeleição.

Nesta celeuma, o caminho de pegar empréstimos milionários e até bilionários podem ser soluções para o curto prazo. Porque a longo prazo é o bolso do contribuinte que será penalizado pelo peso dos reajustes dos impostos para honrar o pagamento aos bancos.

Com a aproximação do ano eleitoral, a Prefeitura de Goiânia cogita um crédito de R$ 1 bilhão. Antes, o município de Aparecida já negociava e conseguiu recentemente a autorização do Tesouro para receber quase R$ 600 milhões. Segundo as gestões, o dinheiro será utilizado para obras.

No entanto, o tempo pode ser fator determinante para a realização de canteiros de obras nas duas cidades, uma vez que no período eleitoral, a legislação veta a participação de pré-candidatos e candidatos em inaugurações. Isso pode desvincular a figura do político como bons administradores, nem que seja no último ano de mandato.

Assim, como o Estado, os municípios devem prezar pela sustentabilidade financeira e pela boa gestão. Por falta dessas observações, Goiás segue engessado por dois acordos de recuperação fiscal para honrar compromissos e responsabilidade. Fica o exemplo.    

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