Campanha começou para valer e é agora que a gente pode ver quem é quem
11 agosto 2024 às 13h03
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O período de campanha eleitoral foi reduzido em 2015 com a minirreforma eleitoral e que reduziu o período de campanha de rádio e TV de 45 para 35 dias. A mudança foi feita com o objetivo de diminuir os custos das campanhas e tentar evitar o abuso de poder econômico nas eleições, mas por uma óbvia previsibilidade essa deve ser a campanha mais cara de todos os tempos e a cada dois anos essa marca recorde de custo aumenta.
Ao mesmo tempo em que o período de campanha foi reduzido ele aumentou, porque aqui tem um jeitinho para tudo e quem sai na frente sai ganhando, não é mesmo?
Aí é que mora o segredo. No chamado período de pré-campanha os candidatos não podem pedir votos, mas os pedidos são, a todo tempo, camuflados e às vezes explícitos mesmo. Se o que vale é a criatividade para lidar com as restrições legais então está valendo.
Nesta semana nós tivemos o primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de Goiânia e até outubro teremos outros vários, inclusive aqui no Jornal Opção. Foi nítido e fácil rankear o desempenho dos candidatos. Teve candidato que quis apenas politizar o debate entre um discurso fútil entre a esquerda é do mal e perversa e automaticamente provocando uma reação reversa. No final das contas nem Lula e muito menos o Bolsonaro vai resolver o problema do posto de saúde que não tem médico, não tem remédio, o lixo que não é coletado, o alagamento rotineiro no período de chuva e não vai melhorar a vida do goianiense.
Eu já havia escrito algo sobre como essa polarização nacional não cabe em uma eleição municipal. É agora, durante os debates e quando a campanha na televisão começar é que nós vamos ver resultados mais reais em pesquisas eleitorais como elas vão influenciar o voto dos indecisos e também o comportamento desses candidatos nos debates.
Agora, onde quero chegar com tudo isso é que, com o acirramento da disputa vem a desinformação e falta de compromisso com os problemas da cidade e com o eleitor. Deixar de comparecer em um debate é um desses sinais. O candidato do PSD, o senador Vanderlan Cardoso, foi o primeiro candidato a não comparecer em um debate por conta de compromissos em Brasília, segundo a assessoria do senador, mas nada é tão importante do que uma eleição e todos sabemos disso.
Desde o começo Vanderlan parece estar desinteressado na eleição em Goiânia,, mas continua bancando o seu nome com o apoio do seu capital político e parte do seu partido. A ausência do candidato que está em primeiro, numericamente, nas pesquisas é extremamente ruim para esta eleição e para quem vota. O comportamento e as propostas, desta maneira fica questionável o plano de governo e a verdadeira intenção do candidato ser um prefeitável.
O goianiense já foi muito maltratado nos últimos quatro anos de uma gestão que deixou a cidade e a população em situação de abandono. Desta vez um capital político será questionável diante do erro que o eleitor não quer mais cometer.