A lesa-pátria de Eduardo Bolsonaro que deve custar caro aos brasileiros

10 julho 2025 às 17h00

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O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo Bolsonaro, foi aos Estados Unidos em um ‘auto-exílio’ com um objetivo: tornar a vida do brasileiro pior. Desde que chegou na terra do Tio Sam, Eduardo afirmou em várias ocasiões que teve reuniões com membros do alto escalão do governo Donald Trump para conseguir sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O esforço, em si, já poderia caracterizar um crime.
Após vários meses, Eduardo, então, conseguiu o que queria, mesmo não sendo o único a ser o culpado. Nesta semana, Trump anunciou novas tarifas à importações brasileiras que devem entrar em vigor em agosto. O presidente dos EUA, no entanto, afirmou que o motivo principal das tarifas era o crescimento do Brics, bloco econômico que realizou cúpula no Brasil na última semana.
Porém, um tweet de Trump, prestando solidariedade a um réu por golpe de estado fez com que a direita comemorasse, mais uma vez, prejuízos ao país que eles juram amar. O tweet do presidente dos EUA foi daqueles que ameaçava a soberania do Brasil que, ainda é um país soberano.
Os que aplaudem Trump e vêem em um criminoso condenado uma esperança para o Brasil mostram o sentimento que Nelson Rodrigues batizou de “complexo de vira-lata”. Quando Eduardo deixa seu mandato de deputado federal e vai aos Estados Unidos cometer ser um “patriota ao contrário”, e é aplaudido por isso, revela a decadência do campo político que ele representa.
O julgamento legítimo de Bolsonaro por uma tentativa de golpe deve ser resolvida pelo Judiciário brasileiro e não por nações estrangeiras. Caso Bolsonaro seja considerado culpado, deverá pagar a pena pelo maior dos crimes contra uma nação.
A estratégia dos filhos do ex-presidente de ameaçar as instituições vem tomando conta das redes sociais. Como se não bastasse Eduardo, o senador Flávio Bolsonaro reafirmou que, para um candidato de direita ter o apoio de Bolsonaro em 2026 ele deverá prometer indulto ao ex-presidente. Ao falar sobre o tema, Flávio sugeriu uma ruptura institucional. Isso expõe, mais uma vez, o golpismo nas entranhas do bolsonarismo.
A taxação de 50% a importações brasileiras pode ser só o início e não deve representar tanto, já que o Brasil exporta apenas 1,3% do que é consumido nos Estados Unidos e é apenas o 18º maior parceiro comercial dos americanos. Porém, como o mundo é conectado, as atitudes de Eduardo Bolsonaro mostram como um patriota não deve agir.
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