Prisão de reitor que se matou precisa ser esclarecida

23 dezembro 2017 às 10h24
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É absolutamente necessário que se esclareça o envolvimento (ou não) do reitor da Universidade de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier de Oliva, no desvio de recursos objeto da operação Ouvidos Moucos, da Polícia Federal.
Luiz Carlos se matou após ser algemado e preso em casa, e passar dois dias na prisão. Se inocente, seu desafeto e acusador, Rodolfo Hickel do Prado, a delegada Érika Mialik Marena, que pediu e supervisionou a prisão, o procurador André Bertuol que a avalizou e a juíza Juliana Cassol que a decretou, terão que ser pesadamente responsabilizados. Só bandidos defendem a impunidade. Mas tornar réu um inocente, prendê-lo e humilhá-lo com fundamento apenas na palavra de um delator (em geral, um bandido), é inaceitável no Estado de Direito.