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Notícias um tanto discretas dão conta de que o governo federal programa gastar com publicidade cerca de R$ 3,5 bilhões, apenas neste ano.

Essa prodigalidade (para não dizer coisa pior) com o dinheiro do contribuinte deixa os donos de jornais, emissoras de televisão e rádio e blogs radiantes de felicidade.

Mais felizes que eles, apenas os redatores de esquerda, a maioria, diga-se por sinal. Patrão alegre com o dinheiro público no bolso significa jornalista de esquerda livre para proteger o governo, atacar a oposição, publicar o que interessa e esconder o que prejudica o excepcional (no sentido negativo do termo) governo que temos.

Duas notícias verdadeiramente bombásticas, na justa medida para preencherem manchetes, só apareceram praticamente nos rodapés dos jornais “tradicionais”, na “grande imprensa”, como se costuma dizer. É que são constrangedoras para as esquerdas, aí incluída essa que nos governa:

1

Aposentados do INSS foram assaltados

O bilionário roubo que entidades sindicais promoveram, assaltando as aposentadorias de idosos, incapacitados físicos, índios inimputáveis e não sei mais quantas categorias fragilizadas, sem prisões até agora.

Merecia manchetes com letras garrafais (para usar um antigo lugar comum), e teve um personagem importante claramente envolvido: um irmão do presidente da República.

Como repercutiu essa notícia na “grande imprensa”? Não repercutiu. Ficou nos minúsculos comentários, praticamente escondidos, não questionando culpa ou inocência do destacado personagem. Imagine o leitor se o roubo tivesse ocorrido quatro anos atrás e se envolvesse de um irmão de Bolsonaro…

2

O resgate dos democratas venezuelanos

Os serviços secretos dos EUA executaram, há poucos dias, com enorme êxito, uma operação de resgate de opositores venezuelanos que haviam se abrigado na antiga embaixada argentina em Caracas.

A embaixada havia sido abandonada, pois houvera um rompimento do governo de Javier Milei, da Argentina, com a ditadura venezuelana, os diplomatas haviam se retirado para Buenos Aires e o prédio estava sob guarda do governo brasileiro, com os exilados continuando ali.

A operação foi praticamente ignorada pela imprensa, a ponto de não sabermos detalhes a respeito, inclusive se houve ou não combates, feridos e mortos.

O motivo para tanta discrição é o duplo vexame experimentado pelos governos (de esquerda) venezuelano e brasileiro, o primeiro, por contemplar uma exitosa missão de comandos estrangeiros no centro de sua capital, Caracas.

O segundo, por ver, sem qualquer reação, um próprio sob sua guarda invadido por força estrangeira, e pessoas dele retiradas, com completa surpresa. A imprensa noticiou com o devido destaque a excepcional operação? Necas de pitibiriba, como dizíamos em minha longínqua infância, quando queríamos evidenciar ao máximo uma negativa.